Jogo de guerra do Pentágono prevê rebelião financiada com Bitcoin

Documentos revelam que o Pentágono criou um jogo de guerra onde os jogadores são recompensados em Bitcoin ao derrubarem instituições financeiras.

O Pentágono criou um jogo de guerra em 2018 que prenunciava um cenário semelhante aos protestos ocorridos em todos os Estados Unidos após a morte de George Floyd. No jogo a forma de pagamento usada é o nosso amado Bitcoin.

A notícia foi revelada pelo The Intercept, que percebeu a analogia entre o jogo e a situação atual.

História do jogo

O jogo foi criado pelo Pentágono em 2018, bem antes da situação do Coronavírus e da morte de George Floyd. Chama-se JLASS, que significa Programa Especial Estratégico Conjunto Terrestre, Aéreo e Marítimo.

No cenário, os protagonistas pertencem à Geração Z, nascida em meados da década de 90, que passaram pelo 11 de setembro e pela crise de 2008, após a geração dos millennials, e que viveram a vida inteira com o conforto das novas tecnologias.

São esses jovens, com quase 30 anos, que por volta de 2025 começam a organizar uma rebelião que inicia na dark web. E é chamada de “Zbellion”.

Os promotores dessa rebelião se organizam, aproveitando o medo e insegurança de seus iguais. A raiva é motivada pela injustiça e corrupção. Os líderes, diz o jogo, recrutam novos seguidores em reuniões presenciais e depois os instruem a se mudar para a dark web de onde realizam ataques cibernéticos direcionados a instituições.

Bitcoin é sua forma de financiamento e recompensa. E não poderia ser de outro modo, dada a reputação do BTC como moeda principal, não apenas no mercado cripto, mas também no mercado da dark web.

Mas os Zbellions também conseguem lavar dinheiro. Sua estratégia de ataque envolve a disseminação de malware tão sofisticado que é difícil rastrear.

A rebelião começa em Seattle, mas se torna global, atingindo Nova York, Washington, Los Angeles e depois as cidades canadense e européia, até Emirados Árabes Unidos, Rússia e até China.

Analogia entre o jogo e a realidade

O jogo projetado pelo Pentágono foi criado apenas para fins educacionais. Mas é curioso que tenha previsto o forte descontentamento das gerações mais jovens e o desconforto causado pelo crescente autoritarismo de Trump e seus apoiadores no congresso.

O JLASS cita os governos que fornecem “informações errôneas ou enganosas em sites oficiais destinados a confundir os cidadãos e criar desconfiança”, enquanto os cidadãos perdem a fé nas redes tradicionais de informação. O cenário descreve com precisão as tentativas de Trump de usar as mídias sociais para ofuscar a verdade.

O jogo faz referência à escassez de água potável e à poluição da água utilizada, que causou a infecção da metade da população. Aqueles que criaram o JLASS-P não poderiam prever que, dois anos depois, o Coronavírus chegaria para ameaçar seriamente a saúde da população mundial.

Mas não foi apenas a Covid que causou a ira do público nos EUA: o Coronavírus foi seguido pela crise econômica que elevou exponencialmente o nível de desemprego. O colapso dos mercados financeiros, que nem sequer pouparam o Bitcoin, mereceria um capítulo separado.

Isso foi suficiente para gerar uma situação de insegurança. O assédio moral do policial que matou George Floyd, juntamente com as declarações questionáveis ​​do presidente dos EUA, Donald Trump, não fizeram nada além de acender um pavio explosivo. E desta vez não é um jogo.

Fonte: cryptonomist

Foto de Bruno Lugarini
Foto de Bruno Lugarini O autor:

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.