Temos algumas cripto histórias que movimentaram a semana passada, mas que devem gerar comoção nesta nova semana.

A partir disso, a FTX continua a dominar as manchetes no setor cripto e além. E não é provável que isso pare na próxima semana. Provavelmente veremos as consequências do colapso da exchange continuarem a se potencializar.

Pressionadas pelo declínio dos preços das criptomoedas e pelas condições macroeconômicas, as empresas do setor, que agora enfrentam as consequências advindas da FTX, podem começar a fazer cortes.

Por fim, em meio à reestruturação radical do Twitter de Elon Musk, também há questões sobre o futuro da mídia social favorita do meio cripto. 

Espalhando o contágio? 

Na semana passada, alguns dos efeitos indiretos do que antes era considerado uma das principais exchanges de criptomoedas ficaram claros.

Por exemplo, Genesis Global Capital, o negócio de empréstimos da Genesis Trading, suspendeu resgates e novos empréstimos após o colapso.

Contudo, no mesmo dia, a Gemini, dos irmãos Winklevoss, anunciou que seu programa Earn não realizaria resgates de clientes nos próximos cinco dias. Outra consequência após a pausa nas retiradas da Genesis.

Agora, os analistas do JPMorgan veem o crescimento da quantidade de saques de rivais do mercado como OKX e Crypto.com. As stablecoins também diminuíram sua capitalização de mercado.

Empresas como o banco de criptomoedas Silvergate, que divulgou exposição à FTX, também encontraram dificuldades. Resultado, a corretora FalconX anunciou que não usará mais a Silvergate Exchange Network da empresa.

A FalconX disse que sua decisão foi baseada em informações de mercado publicamente disponíveis, levantando questões sobre se outros podem seguir o exemplo. 

Notavelmente, todos os olhos estarão voltados para uma audiência nesta terça-feira (22). A FTX anunciou no sábado (19) que, como parte de seu processo de proteção contra falência do Capítulo 11, conduzirá uma revisão de seus ativos. Esse movimento pode levar à venda de participações comerciais.

• Veja também: Jordan Belfort, “o Lobo de Wall Street” diz que o colapso foi premeditado

As demissões continuam

O capítulo da falência da FTX pode acelerar o processo de demissões em empresas de criptomoedas. Por conta disso, o colapso continua a produzir resultados negativos.

Nas semanas desde a turbulência do mercado estimulada pela crise de liquidez da FTX, a  Valkyrie Investments, a Coinbase e a Metaplex, fizeram demissões. Em meio a uma perspectiva econômica mais ampla e sombria, gigantes da tecnologia como Amazon e Meta também cortaram empregos.

Na próxima semana, mesmo com a poeira que continua a baixar, veremos mais cortes na indústria de criptomoedas? 

Remoção do Twitter

Na semana passada, o Twitter foi inundado por usuários se despedindo da plataforma, já que grande parte de sua força de trabalho foi dispensada.

Desde que o bilionário Musk comprou a empresa, os conflitos internos e a redução de pessoal têm aumentado. Juntamente com demissões consideráveis, Musk disse aos funcionários para pedir demissão se não pudessem se comprometer com um cronograma de trabalho extenuante. 

Parece que alguns deles levaram a mensagem a sério. A chefe de criptomoedas Tess Rinearson deixou a plataforma, segundo o portal Bloomberg nesta sexta-feira (18).

Embora não se possa ditar uma possível morte do Twitter com todas essas mudanças, existem muitas dúvidas sobre se ele pode suportar picos de tráfego de eventos como a Copa do Mundo.

Musk também decidiu no domingo suspender a proibição do Twitter do ex-presidente Donald Trump, depois de fazer uma pesquisa pública.

Fonte: theblock.co