3 fatos que explicam a importância do halving do Bitcoin
Já está preparado para o halving do Bitcoin? Evento deve acontecer em 12 de maio de 2020
Seja você membro mais antigo ou recente da comunidade cripto, muito provavelmente já ouviu falar do halving do Bitcoin. O evento é fundamental (e obrigatório) para o BTC, moldando aquilo que a moeda tende a se tornar após o evento. Nesse texto apresentarei 3 fatos que explicam a importância do halving do Bitcoin.
1 – O halving do Bitcoin é um evento deflacionário
O primeiro ponto dessa lista está ligado aos fundamentos básicos do BTC. Pense que existe um suprimento total não expansível de 21 milhões de unidades do Bitcoin. Isso pode parecer muito, mas na verdade é bem pouco.
Para se ter uma ideia, se cada pessoa residente no estado de São Paulo hoje quisesse comprar apenas 1 BTC , isso não serie possível, já que o estado conta com mais de 44 milhões de habitantes. Outro fator impeditivo é que, ainda que São Paulo tivesse “apenas” 21 milhões de habitantes, nem todos poderiam comprar 1 BTC.
O motivo para isso é que nem todos os Bitcoins foram minerados até aqui. Na verdade, pouco mais de 18 milhões de BTCs foram minerados até o momento. Mas o que todos esses dados significam? Bem, de modo geral, mostram que o Bitcoin é finito, escasso, e que sua oferta é limitada.
Um dos principais fatores que faz o Bitcoin ser tão valorizado e desejado é justamente sua escassez, afinal, se houvesse um número infinito de Bitcoins no mundo e qualquer pessoa pudesse ter uma unidade, que valor teria a moeda?
É dessa forma que o halving trabalha no Bitcoin, limitando a quantidade de BTCs disponíveis no mercado, impedindo que a moeda inflacione por ter um número exagerado dela em circulação. Com o halving, conforme mais Bitcoins são minerados, mais dificil fica para obter novas moedas, já que a recompensa da mineração de cada bloco cai de tempos em tempos.
- Veja também: O cenário antes do terceiro halving do Bitcoin
2 – O halving reduz a recompensa dos mineradores
Esse ponto já foi mais do que debatido, mas você já se perguntou o que aconteceria se os mineradores decidissem não minerar novas moedas por não ser mais rentável?
Ao mesmo tempo em que impede a moeda de inflacionar, o halving oferece um risco operacional. Com menos Bitcoins sendo minerados após o halving, o preço do ativo precisa subir para manter a mineração viável.
É claro que a aplicação de novas tecnologias poderosas ampliam o poder dos mineradores, mas ainda assim há um perigo real de abandono. É fundamental que o BTC siga rentável após o halving para aqueles que se dedicam a minerar o ativo, do contrário, pode ocorrer um efeito bola de neve envolvendo hashrate e preço, onde a queda do preço faz o hashrate cair, derrubando ainda mais os preços.
3 – O halving é um evento historicamente otimista para o Bitcoin
Na prática isso não diz muita coisa para o halving que está por vir, já que não há nenhuma garantia que os padrões do passado irão se repetir. Contudo, de modo geral, o halving é excelente para o preço do Bitcoin.
O primeiro halving do Bitcoin ocorreu no fim de 2012, quando o Bitcoin valia pouco mais de 10 dólares. Pouco tempo depois, em 2013, o BTC já havia valorizado mais de 100 vezes, superando US$ 1.000.
O segundo halving aconteceu em meados de 2016, à época custando pouco menos de US$ 1.00 (após cair fortemente com o hack da Mt.Gox). O pós-halving mais recente todos já conhecem: ATH em quase 20 mil dólares e uma bull run sensacional.
Imagem por: FoxBit
Se o padrão seguir, o novo halving poderá levar o BTC para as alturas.
- Ouça nosso podcast: Webitcast #21 – Halving do Bitcoin