União entre Amazon Cloud e blockchain parece ter dado certo

Um sistema blockchain desenvolvido pela Agência Nacional de Ciência da Austrália (CSIRO) e pela Universidade de Sydney parece ter atingido a marca de 30 mil transações por segundo, durante um teste realizado na Amazon Cloud, relatou a CSIRO ontem.

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O braço tecnológico da CSIRO, Data61, e o Grupo de Pesquisa de Sistemas Concorrentes da Universidade de Sydney criaram o Red Belly Blockchain como um “graduado” do programa pré-acelerador da CSIRO, chamado ON prime.

CSIRO e o Grupo de Pesquisa de Sistemas Concorrentes anunciaram primeiro o resultado do experimento realizado junto à infraestrutura em nuvem da Amazon Web Services (AWS). O Red Belly Blockchain foi testado em mil máquinas em 18 regiões, incluindo as Américas do Norte e do Sul, Austrália e Europa.

Conforme relatado pela CSIRO, a rede foi capaz de operar 30 mil transações por segundo de diferentes lugares, mostrando uma demora média entre transações de três segundos.

A infraestrutura do Bitcoin normalmente escala até oito transações por segundo, segundo estatísticas publicadas pela empresa Blockchain. A capacidade da rede Ethereum consiste em até 15 transações por segundo; contudo, seu criador, Vitalik Buterin, planeja elevar este número até 500 utilizando ZK-SNARKS (tecnologia aplicada pela cripto Zcash) para validar transações em massa.

Segundo um relatório publicado pela CSIRO em julho, a Red Belly Blockchain utiliza o consenso byzantine — um algorítimo que completa transações sem proof of work (PoW) e, consequentemente, sem um aumento no consumo de energia.

Outros testes já foram feitos

Vincent Gramoli, pesquisador sênior da CSIRO e chefe do grupo de pesquisa da Universidade de Sydney, ressaltou que os problemas atuais com “as aplicações do mundo real do blockchain” incluem problemas com consumo de energia e complexidades induzidas pelo proof of work.

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De acordo com a publicação da CSIRO, essa não é a primeira vez que o Red Belly Blockchain foi testado na Amazon Cloud. Durante experimentos entre julho de 2017 e maio de 2018, um teste mostrou 660 mil transações por segundo em 300 máquinas. Contudo, todas elas estavam em uma única zona de disponibilidade.

A bolsa de valores australiana, que estava trabalhando para implementar o blockchain em dezembro de 2018 com o intuito de substituir seu sistema atual responsável por processar transações, afirmou este mês que adiará a transição em seis meses.

Também recentemente, a imobiliária australiana Vicinity anunciou seus planos envolvendo testes com uma solução blockchain para sua rede de eletricidade, em parceria com a companhia Power Ledger.

Fonte: The Cointelegraph