4 universitários estão usando criptomoedas para resolver dois dos principais problemas financeiros da Nigéria

Quatro alunos começaram a usar criptomoedas para criar uma plataforma de remessas/pagamentos para atender a todas as pessoas na Nigéria. Eles terão sucesso?

Quatro jovens estudantes na Nigéria decidiram aproveitar a onda das criptomoedas e aproveitar o potencial desta tecnologia para construir um futuro melhor para seu país.

Ben Eluan e Osezele Orukpe eram dois estudantes universitários que, como muitos na Nigéria, compartilhavam o interesse por criptomoedas. Não é surpreendente; o interesse por carreiras e cursos de tecnologia vem crescendo na região, e o uso do Bitcoin atingiu números recordes, a ponto de ocupar lugar de destaque na política nacional.

Remessas criptos: uma potencial mina de ouro

Eluan e Orukpe encontraram uma oportunidade de ouro na situação financeira do país: a economia em dificuldades da Nigéria, a chance de melhorar a indústria de serviços de remessas e o crescente interesse em criptomoedas, mesmo diante das ameaças do governo, tudo se uniu na Flux, uma empresa de remessas de criptomoedas que promete remessas quase instantâneas, seguras e muito mais baratas do que as alternativas tradicionais de remessa.

A ideia começou a se materializar quando a dupla se juntou a Israel Akintunde e Ayomide Lasaki e se dedicou em tempo integral para ajustar todas as complexidades do projeto. As metas são ambiciosas, mas Ben Eluan acredita que são perfeitamente possíveis:

“Saímos para focar em nossa startup e transformá-la em uma empresa de US$ 1 bilhão. Acreditamos que a oportunidade aqui é enorme. Portanto, para nós, a coisa certa a fazer é fazer o trabalho bem feito. As startups precisam de tempo, então o abandono foi inevitável. ”

Além das remessas, o Flux possui um processador de pagamentos local. Dessa forma, eles expandem os casos de uso de criptomoedas e alcançam um público-alvo mais amplo.

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Oferecer soluções aos comerciantes também traz seu próprio conjunto de vantagens. O índice de inadimplência no país é elevado e o uso de meios alternativos de pagamento começa a se tornar relevante diante das dificuldades de pagamento.

Por exemplo, existem algumas restrições para compras online usando cartões. Os nigerianos não podem gastar mais de US$ 100 e as retiradas também não podem exceder esse limite.

Por que a Nigéria?

O caso da Nigéria deu um exemplo para o mercado de criptomoedas. O país conseguiu monopolizar o mercado de Bitcoin na África Subsaariana, mobilizando mais fundos do que o resto dos países da região juntos.

De acordo com dados da Usefultulips, os nigerianos negociaram mais de US$ 8 milhões em Bitcoin somente na semana passada. O segundo maior volume da região é detido pelo Quênia, com pouco mais de US$ 3 milhões.

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Com relação às remessas, a PwC estima que poderia crescer até uma indústria de US$ 34,8 bilhões em 2023. No momento, estima-se que os nigerianos movimentem cerca de US$ 29,8 bilhões por ano em remessas, então não é muito louco pensar que se o Flux levar apenas um fração desse mercado, o sonho desses quatro empresários nigerianos poderia se transformar em uma indústria de bilhões de dólares que eles só podem imaginar hoje.

Isso, é claro, se o governo nigeriano não mudar sua visão sobre as criptomoedas novamente.

Fonte: CryptoPotato

Foto de Bruno Lugarini
Foto de Bruno Lugarini O autor:

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.