As criptomoedas podem obter vantagens com os problemas financeiros dos EUA

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Com a falência dos Bancos, desdolarização, queda nas ações e a dívida dos EUA, pode ser que as criptomoedas sejam a luz no túnel

Um relatório recente da Federal Deposit Insurance Corp. revelou que aproximadamente meio trilhão de dólares foram retirados dos Bancos dos Estados Unidos nos primeiros três meses de 2023. Esse movimento tem impulsionado o preço e a adoção das criptomoedas, que estão experimentando um aumento significativo.

No entanto, essa pesquisa também levanta preocupações renovadas sobre as falências de instituições financeiras importantes do Vale do Silício, como o Silicon Valley Bank, o Signature Bank e o First Republic. Essas falências são amplamente atribuídas aos aumentos agressivos das taxas de juros implementadas pelo Federal Reserve dos EUA, e resultaram em uma queda considerável no mercado de ações, com as ações dos 10 maiores bancos americanos caindo pelo menos 1 ponto percentual.

A retirada massiva de depósitos dos Bancos destaca a crescente preferência dos investidores por alternativas financeiras descentralizadas, como as criptomoedas, e indica um possível deslocamento no sistema financeiro tradicional, com implicações significativas para a economia e o mercado global.

Corrida aos Bancos resulta em US$ 472 bilhões de retiradas

No trimestre mais recente, os depositantes retiraram um recorde de US$ 472 bilhões, marcando o quarto trimestre consecutivo de queda nos depósitos e estabelecendo o maior valor trimestral de retirada desde 1984, de acordo com o relatório do FDIC.

O Silicon Valley Bank (SVB) desempenhou um papel crucial no cenário das criptomoedas, com mais de US$ 200 bilhões em ativos, sendo uma das poucas instituições financeiras dos EUA a ofereceu serviços para empresas de criptomoedas.

O sistema de pagamento Signet, do Signature Bank, também teve um papel importante nas transferências rápidas e instantâneas de criptomoedas entre empresas, sendo fundamental para várias exchanges, como a Coinbase. Por outro lado, registros financeiros e documentos mostram que a First Republic teve exposição insignificante às criptomoedas.

A queda das ações

De acordo com o relatório do FDIC, a busca por contas seguradas acima do limite de US$ 250.000 foi a principal razão para a fuga de depósitos. Durante o trimestre, houve uma diversificação das participações, resultando em um aumento do valor total dos depósitos garantidos pelos bancos.

A divulgação do relatório causou uma queda de 2,6% no índice bancário S&P 500, atingindo seu nível mais baixo em duas semanas, com Comerica, Keycorp e Citizens Financial sendo os Bancos mais afetados.

O presidente do FDIC, Martin Gruenberg, ressaltou que o impacto total dessa turbulência pode não ser totalmente visível até que os resultados do segundo trimestre sejam divulgados. Ele destacou que a inflação, as taxas crescentes e a pressão econômica continuam representando ameaças ao setor bancário, especialmente no setor imobiliário comercial, o que torna o ambiente desafiador para as instituições financeiras.

Como as criptomoedas podem se destacarem e ser a Luz no fim do túnel

Os saques em grande escala dos Bancos nos EUA podem ter diferentes impactos positivos nas criptomoedas. Primeiramente, parte dos fundos retirados pode ser direcionada para ativos digitais, como o Bitcoin, aumentando a demanda por essas moedas e, consequentemente, seu valor.

Em segundo lugar, essa diversificação do sistema financeiro, com a entrada de fundos nas criptomoedas, reduz a dependência dos Bancos Centrais. As transações financeiras se tornam mais privadas, seguras e controladas, graças à descentralização. Além disso, ao eliminar intermediários, há potencial para redução de custos e aceleração do processo de liquidação.

No geral, os saques em larga escala das instituições financeiras nos EUA têm o potencial de aumentar a visibilidade, a aceitação popular e o desenvolvimento das criptomoedas. No entanto, o impacto real dependerá de variáveis como o volume de saques, o sentimento do mercado, o ambiente regulatório e a situação geral do mercado de criptomoedas.

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Foto de Washington Leite O autor:

Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future