Mercado Bitcoin realiza demissão em massa
Mercado Bitcoin se reestrutura
Mercado Bitcoin, exchange de criptomoedas brasileira, recentemente demitiu, pelo menos, 20 funcionários em meio aos seus esforços de reestruturação, focando em profissionalização, melhor governança e maior agilidade no atendimento ao consumidor.
Ex-funcionários entrevistados pelo Portal do Bitcoin revelaram que executivos sênior começaram a ser demitidos no início da semana, no dia 15 de outubro, com o restante dos funcionários sendo demitido no dia seguinte. A companhia, justificando o que estava acontecendo, revelou que estava reestruturando seus departamentos de marketing e recursos humanos.
Os entrevistados pelo PdB alegaram que os departamentos afetados foram fechados após as demissões. Um deles afirmou que os executivos disseram aos funcionários que se trata de um momento da companhia, que eles precisavam “enxugar” as estruturas.
A ação não parece ter surpreendido tanto, uma vez que os ex-funcionários afirmaram que o ambiente de trabalho da Mercado Bitcoin estava deteriorando. Segundo suas palavras, desde dois meses atrás, tudo o que os funcionários faziam era arquivado, e o volume de trabalho continuou declinando.
“Criávamos processos e apresentações mas tudo ficava travado. Coisas que a gente fazia em uma hora, agora fazia em dois dias. Algumas pessoas ficaram realmente ociosas. Não tinha o que fazer.”
Segundo relatos, a Mercado Bitcoin demitiu funcionários que ela contratou de companhias há menos de seis meses e, em alguns casos, demitiu pessoas que estavam trabalhando na empresa há menos de dois meses.
A ação é notável, uma vez que a exchange é a maior em volume de troca do Brasil. Segundo dados, ela negociou 4150 BTC em setembro, e 1965 BTC este mês, representando 30% do volume do mercado nacional.
Exchanges sob supervisão
Respondendo ao Portal do Bitcoin, a exchange revelou que está promovendo mudanças em sua estrutura desde o início do ano, com o intuito de servir melhor seus usuários. Em outubro, mudanças foram feitas nos departamentos administrativo, recursos humanos e marketing, enquanto outros foram mantidos.
O operador da exchange acrescentou:
“Com relação ao dados financeiros e de pessoal, o Mercado Bitcoin não divulga suas informações ao mercado, mas esclarece que o número de pessoas que deixaram a empresa em outubro é significativamente inferior ao indicado na questão, chegando a 20 pessoas, apenas, se incluirmos consultores e outros prestadores de serviços. ”
O esforço da exchange ocorre em um momento em que a XP Investimentos, maior empresa de investimento do Brasil, está lançando sua própria exchange, a XDEX. A Huobi, segunda maior exchange do mundo em volume de troca, também revelou seus planos de expansão para o Brasil.
Notadamente, as exchanges brasileiras estão sob supervisão, tendo em vista que em agosto o governo enviou um questionário com 14 perguntas, com o intuito de aprender mais sobre seus negócios e potencial uso de seus serviços em lavagem de dinheiro. No início do mês, o CADE enviou outro questionário, ao qual as exchanges devem responder – sob pena de pagarem uma multa diária de R$5 mil.
Fonte: CCN