Demanda dos Millennials por criptomoedas continua crescendo rapidamente
Millennials não confiam nos bancos e preferem as criptomoedas
De acordo com um estudo conduzido por Deidre Campbell, diretor de serviços financeiros da Edelman, as criptomoedas continuam sendo o investimento de longo prazo preferido dos investidores millennials.
“Qualquer um que tem criptomoedas me diz que gostaria de ter comprado mais cedo,” afirmou Campbell, cujo estudo revelou que mais de 25% dos millennials estão utilizando ou guardando ativos digitais.
30% dos entrevistados da pesquisa revelaram um interesse em investigar e estudar sobre criptomoedas, com intuito de investirem a curto prazo. Isso quer dizer que mais de 55% dos millennials entrevistados já investiram ou planejam investir na classe de ativos emergente.
Millennials não confiam nos bancos
Principalmente por conta de sistemas ineficientes e modelos ultrapassados que não são do paladar de jovens investidores, que já sofrem com uma imensa pressão financeira por conta de empréstimos estudantis, diversos estudos descobriram que millennials não confiam em bancos.
Em 2015, quando o reconhecimento sobre as criptomoedas pelo mainstream estava relativamente baixo e as alternativas aos sistemas bancários não eram familiares aos millennials, um estudo conduzido pela Universidade de Harvard descobriu que apenas 14% dos millennials acreditam que Wall Street faz “a coisa certa” pelos seus clientes.
No lançamento do estudo, falando ao The Street, o CEO da Recon Capital Partners, Kevin Kelly, declarou que a tendência emergente pode representar problemas para os bancos e instituições financeiras de Wall Street.
“Isso pode ser um problema para Wall Street. Nós não vimos Wall Street mudar desde a crise financeira. Todo dia, nós começamos a ver manchetes do tipo: Wall Street faz de novo, outro faux pas de Wall Street,” Kelly explicou.
Três anos depois, alternativas cashless como aplicativos fintech e criptomoedas se tornaram crescentemente populares entre os millennials. Na China, o AliPay, plataforma fintech do Alibaba avaliada em mais de US$150 bilhões, começou a representar maisd e 80% de todas as transações online do país.
Em regiões com pouco serviço bancário e áreas praticamente sem sistemas bancários, aplicações fintech encontraram caminho para milhões de usuários. Nas Filipinas, por exemplo, grandes bancos com o Union Bank requerem que residentes e cidadãos armazenem mais de US$2 mil como saldo em suas contas, excluindo boa parte da população dos serviços bancários.
Desta forma, companhias de emissão como Lhuiller e Palawan se tornaram os principais provedores de serviços financeiros para usuários cotidianos. A popularidade das criptomoedas também aumentou significativamente, uma vez que ativos digitais permitem que usuários enviem e recebam pagamentos por meio de smartphones, sem depender de bancos.
Coins.ph, a maior plataforma de troca e emissão de criptomoedas das Filipinas, garantiu mais de 5 milhões de usuários no país, com milhões de usuários na Tailândia e Malásia utilizando ativamente o serviço para enviar e receber criptomoedas.
“Clientes utilizam aplicativos da Coin.ph para terem acesso a serviços financeiros de emissão internacional, comprando moedas digitais, utilizando seus cartões de valores, pagando contas e comprando créditos para celular – tudo sem requerer uma conta bancária.”
Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão
Em grandes mercados de criptomoedas, como Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, com exchanges de criptomoedas estabelecidas e em conformidade, espera-se que o uso de criptomoedas por millennials aumente rapidamente.
O governo da Coreia do Sul reconheceu exchanges de criptomoedas como instituições financeiras legítimas, e está liderando iniciativas para convencer jovens talentos a adentrarem a indústria da blockchain.
Fonte: CCN