Rali do Bitcoin encontra obstáculo: Correção de preço gera debate no mercado
O impressionante rali de três semanas do Bitcoin após as eleições nos Estados Unidos, que viu seu preço disparar de menos de US$ 70.000 para uma máxima histórica próxima de US$ 100.000, enfrentou uma correção acentuada, com a criptomoeda caindo mais de US$ 6.000 em poucas horas. Apesar do revés, analistas e dados on-chain sugerem que o mercado de alta permanece intacto, com grandes investidores, como baleias e a MicroStrategy, continuando a acumular.
Correção: Um ajuste natural do mercado
A ascensão meteórica do Bitcoin, de quase 45% em novembro, culminou em um pico de US$ 99.845 em 22 de novembro. Contudo, a realização de lucros por parte de detentores de curto prazo e o excesso de alavancagem provocaram uma queda para US$ 92.775 em 26 de novembro, representando uma redução de 7%.
Analistas de mercado não ficaram surpresos. Dados históricos mostram que correções como essa são comuns durante mercados de alta, com ciclos anteriores registrando recuos de até 34%. Analistas da CryptoQuant observaram que a queda atual, influenciada pela alta alavancagem e pela realização de lucros de curto prazo, está alinhada com a dinâmica natural do mercado.
Indicadores On-Chain apontam força contínua
Apesar da queda, indicadores on-chain fundamentais apontam para a continuidade do mercado de alta. Métricas como MVRV (Market Value to Realized Value), NUPL (Net Unrealized Profit/Loss) e o Puell Multiple sugerem que o Bitcoin ainda não alcançou seu pico neste ciclo.
Além disso, a métrica SOPR de Curto Prazo (Spent Output Profit Ratio) indica que alguns investidores estão realizando lucros, algo que historicamente antecede recuperações de preço. O analista MAC_D destacou que essas correções apresentam oportunidades para grandes acumulações, sinalizando um potencial para um novo impulso de alta.
Baleias e instituições continuam acumulando
Enquanto os detentores de curto prazo realizaram lucros, baleias e instituições, como a MicroStrategy, continuaram comprando de forma agressiva. Em 25 de novembro, cinco novas carteiras retiraram 886 BTC (aproximadamente US$ 86,4 milhões) da Binance, demonstrando o interesse contínuo de grandes investidores.
A MicroStrategy, liderada por Michael Saylor, voltou às manchetes com sua maior compra de Bitcoin de todos os tempos: 55.500 BTC no valor de US$ 5,4 bilhões. Essa aquisição elevou o total de participações da empresa para quase 387.000 BTC. Apesar da compra, o Bitcoin não conseguiu ultrapassar a marca de US$ 100.000, levando alguns analistas a especular que mais acumulações podem ocorrer.
Contexto mais amplo
A correção do Bitcoin também impactou o mercado de criptomoedas como um todo, com a capitalização total de mercado caindo para US$ 3,4 trilhões. No entanto, o Ethereum e várias altcoins demonstraram resiliência, com o ETH subindo 3% para US$ 3.450. Outros ativos, como XRP, Avalanche (AVAX) e Uniswap (UNI), também ganharam força.
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