Investidores de varejo sofrem com queda da MicroStrategy: ações despencam 35% em quatro dias

Copia sde Contra Capa

As ações da empresa de software MicroStrategy perderam mais de um terço de seu valor na última semana, acompanhando a correção no preço do Bitcoin.

As ações da MicroStrategy (MSTR) caíram impressionantes 35% desde o pico de US$ 535, registrado em 21 de novembro. Na terça-feira, os papéis despencaram para US$ 340 antes de se recuperarem e encerrarem o dia cotados a US$ 353, segundo o Google Finance.

De acordo com o The Kobeissi Letter, publicado em 27 de novembro, isso equivale a cerca de US$ 30 bilhões em capitalização de mercado apagados em apenas quatro dias de negociações, sendo esta uma das maiores quedas de quatro dias na história da empresa.

A grande queda nas ações ocorre enquanto o Bitcoin recuou cerca de 9% desde sua máxima histórica em 22 de novembro.

Prêmio Saylor impacta investidores de Varejo

Além disso, as ações da MicroStrategy caíram mais de quatro vezes em comparação ao Bitcoin na última semana, após o FOMO (medo de ficar de fora) de investidores de varejo que compraram os papéis antes do pico. O The Kobeissi Letter comentou:

“Todos já ouviram que a MicroStrategy é uma ‘aposta alavancada em Bitcoin’, mas este é um nível totalmente novo de volatilidade para o proxy do Bitcoin.”

Em um post no X (antigo Twitter), o The Kobeissi Letter destacou:

“WOW. As ações da MicroStrategy ($MSTR) acabaram de registrar uma queda MASSIVA de -35% desde o pico em 21 de novembro. Isso equivale a ~US$ 30 BILHÕES em capitalização de mercado apagados em 4 dias de negociações, enquanto o #Bitcoin caiu ~9% desde sua máxima. O que aconteceu?”

A publicação acrescentou que, em um único dia na semana passada, 20 de novembro, investidores de varejo compraram cerca de US$ 42 milhões em ações da MSTR, somando quase US$ 100 milhões em compras de varejo durante toda a semana.

“Isso marcou o maior volume diário de compras de varejo já registrado, sendo oito vezes maior que a média diária vista em outubro”, observou o relatório.

Nos últimos dois meses, as ações da MicroStrategy superaram o desempenho do Bitcoin em quase três vezes. No entanto, nos últimos dias, “essa correlação se ampliou”, e as ações da MSTR agora apresentam “significativamente mais volatilidade”, afirmou o relatório.

A empresa atualmente detém 386.700 BTC, avaliados em aproximadamente US$ 36 bilhões. Contudo, com uma capitalização de mercado de US$ 73 bilhões, as ações ainda estão sendo negociadas a mais do que o dobro do valor de suas participações em Bitcoin, embora o prêmio tenha diminuído.

“O mais importante agora é perguntar se Saylor pode continuar levantando dívidas para comprar Bitcoin”, questionou o The Kobeissi Letter.

Michael Saylor, no entanto, permanece confiante. Em uma postagem no X em 26 de novembro, ele destacou que as operações de tesouraria da empresa geraram um rendimento em BTC de 35,2%, proporcionando um benefício líquido de 88.820 BTC para seus acionistas.

Quarter to date, as operações de tesouraria da $MSTR geraram um rendimento de 35,2% em BTC, oferecendo um benefício líquido de ~88.820 BTC para nossos acionistas, ou ~1.586 BTC por dia. A US$ 92 mil por BTC, isso equivaleria a US$ 8,2 bilhões no trimestre até agora, ou US$ 146 milhões por dia.”

Ações de cripto despencam

As ações da Coinbase (COIN) também foram afetadas, caindo 12% na última semana e sendo negociadas a US$ 295 após o fechamento do mercado na terça-feira. Essas perdas também superaram o recuo do Bitcoin.

Enquanto isso, as ações de empresas de mineração também estão em queda livre. A Marathon Digital (MARA) perdeu 5,5% ontem, caindo para US$ 25, enquanto a Riot Platforms (RIOT) teve uma queda de 7,4%, sendo negociada a US$ 11,17.

A capitalização total do mercado de criptomoedas caiu 3,6%, para US$ 3,34 trilhões, já que o Bitcoin brevemente ficou abaixo de US$ 91 mil durante o final das negociações de terça-feira, antes de subir novamente para cerca de US$ 93 mil na manhã de quarta-feira, no mercado asiático.

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Foto de Marcelo Roncate O autor:

Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.