Memecoins vivem maré de hype, lançamentos e golpes em 2025
Hack da Nasdaq leva a golpe de memecoin de US$ 80 milhões
Hackers recentemente comprometeram a conta oficial X da Nasdaq, usando-a para promover uma falsa memecoin chamada STONKS. Vinculando a conta da Nasdaq a um manipulador de afiliados fraudulento, @nasdaqmeme, completo com um emblema de verificação dourado, os atacantes estabeleceram uma aparência de legitimidade.
Em poucas horas, o STONKS viu seu valor disparar, atingindo uma capitalização de mercado de US$ 80 milhões e gerando volumes de negociação superiores a US$ 185 milhões. No entanto, a ascensão meteórica do token terminou em um clássico “rug pull”, deixando os investidores com enormes perdas. Acredita-se que os golpistas tenham escapado com pelo menos US$ 4 milhões.
Esse incidente reacendeu as preocupações sobre as vulnerabilidades das mídias sociais no mundo cripto. A Nasdaq desde então excluiu as postagens fraudulentas e as contas associadas foram suspensas. No entanto, a facilidade com que os atacantes orquestraram o golpe destaca os riscos sistêmicos na verificação de contas e na promoção de ativos online.
Tokens TRUMP e MELANIA
O presidente Donald Trump e a primeira-dama Melania Trump recentemente se juntaram à febre das memecoins com o lançamento dos tokens TRUMP e MELANIA. Embora essas moedas tenham gerado grande interesse, suas trajetórias têm conturbadas. Ambos os tokens caíram, com o TRUMP caindo mais de 50% e o MELANIA perdendo mais de 80% de seu valor máximo.
A análise on-chain revelou uma distribuição altamente concentrada desses tokens. Embora os investidores varejistas detenham a maioria das carteiras, as baleias dominam a oferta, com apenas 40 carteiras respondendo por 94% de todos os tokens TRUMP e MELANIA. Algumas carteiras associadas a investidores iniciais obtiveram lucros superiores a US$ 10 milhões, deixando os compradores varejistas com ganhos modestos ou insignificantes.
Os lançamentos provocaram críticas, com alegações de que os empreendimentos cripto da família Trump priorizam o lucro pessoal em detrimento do interesse público. Desafios legais e regulatórios também estão aumentando, pois os tokens enfrentam escrutínio sobre possíveis violações das leis de valores mobiliários e normas de finanças políticas.
Viúva de McAfee e a controversa AINTI
Janice McAfee, viúva do pioneiro em segurança cibernética e defensor de criptomoedas John McAfee, lançou uma nova memecoin com tema de IA chamada AIntivirus (AINTI) para homenagear seu falecido marido. Embora alguns na comunidade tenham celebrado a iniciativa, análises on-chain revelam padrões preocupantes de atividade de insiders.
Dados de blockchain mostram que, antes do lançamento público do token, 90% dos 100 milhões de suprimentos AINTI foram distribuídos para 287 carteiras vinculadas à equipe do projeto. Quando a negociação começou, uma enxurrada de atividade viu US$ 1,5 milhão transferidos por 60 carteiras, deixando 71% do fornecimento controlado por insiders. Esses achados levantaram preocupações sobre a legitimidade do projeto e suas verdadeiras intenções.
O legado de McAfee como inovador maverick e defensor franco da criptomoedas adiciona uma camada emocional à história da AINTI. No entanto, críticos argumentam que o projeto corre o risco de manchar seu nome refletindo os próprios excessos especulativos que ele outrora denunciou.