Bitcoin em queda livre: O fundo está próximo?

O mercado de criptomoedas enfrenta uma das suas piores quedas dos últimos meses. O Bitcoin, que atingiu sua máxima histórica de US$ 109.000 em janeiro, despencou para um mínimo de US$ 76.700, registrando uma queda de 29%. O movimento também impactou Ethereum, Solana e outras grandes altcoins, levando a uma liquidação total de quase US$ 1 bilhão em posições alavancadas.
Liquidações em massa e sentimento de pânico
Os traders que apostaram em posições compradas sofreram grandes perdas, com o Bitcoin representando US$ 318 milhões das liquidações. Ethereum e Solana também foram duramente atingidos. A maior liquidação individual ocorreu na Bybit, onde um investidor perdeu US$ 5,26 milhões em uma única ordem.
Esse cenário reforça o medo no mercado, com menções a preços abaixo de US$ 69.000 dominando as redes sociais. Historicamente, quando o pessimismo atinge níveis extremos, os preços tendem a se recuperar.
Acumulação de baleias indica possível reversão para o Bitcoin
Apesar da queda, sinais positivos estão surgindo. Dados da Santiment mostram que grandes investidores voltaram a acumular Bitcoin desde 3 de março. Isso ocorreu em ciclos anteriores, indicando que o mercado pode estar perto de um fundo.
Outro fator relevante é o movimento de 22.702 BTC para corretoras entre fevereiro e março, um evento que geralmente antecede liquidações massivas. Agora, com o retorno da acumulação, há indícios de que uma recuperação pode estar no horizonte.
Quando o Bitcoin pode se recuperar?
Analistas sugerem que uma correção de 35-37% seria normal dentro de um mercado de alta. Isso poderia levar o BTC a testar a faixa de US$ 70.000 antes de um possível retorno à valorização.
Arthur Hayes, cofundador da BitMEX, reforçou que grandes fundos estão realocando suas posições em ETFs, o que pode ter contribuído para a queda. Ele acredita que, à medida que bancos centrais ajustem suas políticas monetárias, os mercados voltarão a subir.
Além disso, fatores macroeconômicos, como as próximas decisões da Reserva Federal dos EUA e as tensões comerciais na administração Trump, podem influenciar a trajetória do Bitcoin nos próximos meses.