Instituições impulsionam Bitcoin a US$ 95 mil com forte entrada em ETFs e projeções otimistas

Com influxo recorde em fundos e interesse crescente de empresas e governos, o Bitcoin se consolida como reserva de valor global.
O Bitcoin está vivendo um momento histórico de fortalecimento institucional. Entre 21 e 25 de abril, os ETFs de Bitcoin à vista registraram US$ 3,06 bilhões em entradas líquidas, o segundo maior volume semanal desde a aprovação desses fundos pela SEC em janeiro de 2024. Dois dias concentraram 60% desse total, com US$ 1,85 bilhão captado apenas entre 22 e 23 de abril.
Os dados da SoSoValue mostram que a BlackRock lidera entre os fundos, com seu iShares Bitcoin Trust acumulando US$ 41,2 bilhões em entradas. A Fidelity aparece em segundo lugar, enquanto o Grayscale GBTC segue enfrentando saídas líquidas.
O impacto dessa movimentação foi sentido rapidamente no mercado: o preço do BTC rompeu resistências, ultrapassou os US$ 90.000 e atingiu uma máxima semanal de US$ 95.768. Analistas técnicos agora apontam para possíveis novos patamares, incluindo US$ 100.000 no curto prazo e até US$ 155.000 impulsionado pelo crescimento da rede e forte acumulação.
O que torna essa alta ainda mais significativa é a natureza dos investidores que estão puxando o movimento. Segundo Hunter Horsley, CEO da Bitwise, o avanço recente do Bitcoin não está sendo liderado por investidores de varejo. As buscas no Google pelo termo “Bitcoin” permanecem próximas das mínimas históricas, o que indica que a explosão de preços é atribuída principalmente a instituições financeiras, empresas e até governos.
Dados do Bitcoin Treasuries reforçam essa mudança de perfil: atualmente, companhias públicas detêm mais de 705 mil BTC, enquanto governos controlam cerca de 530 mil BTC. Destaque para os Estados Unidos, com 207.189 BTC, seguido por China e Reino Unido.
O CEO da Bitwise também fez uma previsão ousada: no futuro, o Bitcoin poderia atingir uma capitalização de mercado de US$ 50 trilhões, comparando o ativo não apenas ao ouro (avaliado em US$ 23 trilhões), mas também aos Treasuries e ao dólar americano.
Complementando essa visão otimista, Charles Edwards, fundador da Capriole Investments, destacou que o valor energético do Bitcoin ultrapassou US$ 130.000 em abril, enquanto o preço de mercado ainda opera com um desconto de quase 40% em relação ao seu valor justo. Para Edwards, essa diferença é um “sinal bem-vindo” que sugere espaço para maior valorização.