Bitcoin: Ciclo de alta ganha força com compras institucionais e escassez de oferta

Demanda crescente e grandes aquisições indicam que o rali do Bitcoin ainda está longe do fim
O Bitcoin segue firme em sua trajetória de alta, e os sinais vindos do mercado apontam para uma valorização ainda mais robusta. Uma combinação de fatores — desde a entrada maciça de capital institucional até o encolhimento da oferta líquida — reforça a tese de que estamos diante de um novo estágio do ciclo de valorização do principal criptoativo do mercado.
Um dos indicadores mais importantes nesse contexto é o preço realizado do Bitcoin, que representa a média paga por investidores pelos BTCs atualmente em circulação. De acordo com análises recentes, esse valor tem subido consistentemente. Isso demonstra que mais investidores estão comprando Bitcoin a preços mais altos, um sinal típico de manutenção da tendência de alta e não de reversão.
Instituições puxam a fila
Parte significativa dessa força compradora vem de grandes instituições. A Strategy, por exemplo, adicionou recentemente 13.390 BTC ao seu portfólio, num investimento de mais de US$ 1,3 bilhão. Outra protagonista é a japonesa Metaplanet, que comprou 1.271 BTC por cerca de US$ 126,7 milhões só nos últimos dias. No acumulado de 2025, a empresa já detém 6.796 BTC — ultrapassando até mesmo El Salvador em volume total.
O ritmo agressivo de acumulação da Metaplanet tem sido financiado por emissões de títulos e venda de ações, e já garantiu um retorno duas vezes superior ao capital investido em apenas três meses, segundo análises do setor. A empresa almeja alcançar 10.000 BTC ainda neste ano e, no longo prazo, acumular 21.000 unidades — cerca de 0,1% de toda a oferta total de Bitcoin.
Oferta cada vez mais escassa
Enquanto a demanda cresce, a oferta disponível continua a diminuir. Dados da Glassnode revelam que o volume de BTC em posse de entidades com baixo histórico de venda atingiu um pico de 14 milhões de unidades — indicando forte retenção por parte dos holders. Além disso, baleias acumularam mais 83.000 BTC no último mês, segundo a Santiment.
Essa escassez natural é acentuada por ETFs de Bitcoin nos EUA, que bateram um recorde de US$ 62,9 bilhões em entradas líquidas desde seu lançamento em janeiro de 2024. Só na última semana, os fundos de investimento em criptoativos receberam US$ 882 milhões em novos aportes, sendo US$ 867 milhões direcionados exclusivamente ao Bitcoin.
Rumo ao topo histórico
Atualmente cotado em torno de US$ 103.500, o Bitcoin está a menos de 5% de seu recorde histórico de US$ 108.786. Mesmo com pequenas correções diárias, o ativo acumula alta de quase 10% na semana, 22% no mês e mais de 64% nos últimos 12 meses.
Análises técnicas reforçam o viés otimista. Indicadores como o Binance Taker Buy-Sell Ratio e taxas de financiamento positivas nas principais exchanges confirmam a pressão compradora. Alguns analistas, como o pseudônimo Mr. Wall Street, não hesitam em projetar o Bitcoin a US$ 200.000 antes do fim do atual ciclo.
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