Bitcoin pode quebrar recordes no verão americano

Com o Bitcoin acima dos $107 mil, o CEO do Cointimes, Isac Honorato, especialista e analista cripto, preparou uma análise do mercado para explicar as mudanças e o cenário para o futuro:

Bitcoin ignora o “Sell in May” e flerta com novas máximas históricas

A velha máxima de Wall Street, “Sell in May and go away”, parece não valer para o Bitcoin em 2025. Na contramão da tradição, o ativo segue em forte alta e, na terça-feira, ultrapassou os US$ 107 mil, ficando a menos de 2% do seu recorde histórico.

O que está impulsionando o mercado?

Segundo analistas de firmas como Wincent e Kaiko, o rali atual é sustentado por uma confluência de fatores estruturais e institucionais:

  •   Avanços regulatórios nos EUA, com sinalizações mais claras para o setor cripto.
  •  Entrada constante de capital institucional via ETFs.
  • Empresas adicionando Bitcoin ao caixa, como a Strategy (MSTR).
  • Capitalização total do mercado cripto se aproximando dos US$ 4 trilhões.

De acordo com dados recentes, apenas na última segunda-feira, os ETFs de BTC nos EUA registraram entradas líquidas de US$ 667 milhões, acumulando US$ 3,3 bilhões somente em maio.

No mercado de opções, o sentimento também é claro: investidores estão posicionando contratos com vencimento entre US$ 110 mil e US$ 120 mil até o final de junho.

Isso indica que o mercado vê como provável um rompimento das máximas atuais nas próximas semanas.

No radar dos investidores institucionais e de varejo:

  • Decisão do Federal Reserve sobre juros, marcada para junho.
  • Prazo final para nova rodada de tarifas propostas por Donald Trump, previsto para 9 de julho.

Em meio a esse cenário, a tradicional calmaria do verão no hemisfério norte pode dar lugar a um movimento atípico e expressivo nos mercados cripto.

Estamos entrando em um momento em que os fundamentos se sobrepõem às narrativas sazonais. O Bitcoin deixou de ser apenas um ativo especulativo, hoje, ele é uma alternativa concreta dentro do portfólio institucional“, afirmou Paul Howard, analista-chefe da Wincent.

Para quem busca pontos de entrada ou reposicionamento, o ciclo atual pode representar uma das últimas oportunidades antes de um novo patamar de preços se consolidar.