Bitcoin encerrou junho com alta de 2,5% e euro subiu quase 4%.

Bitcoin fecha junho acima de US$ 107 mil, mas perde para o euro.

Bitcoin registra fechamento mensal recorde, mas o euro rouba a cena

Bitcoin encerrou junho acima de US$ 107.000, em um fechamento mensal recorde. Ainda assim, o ganho mensal de 2,5% da maior criptomoeda não conseguiu acompanhar o avanço do euro em relação ao dólar, o par de moedas mais líquido do mundo.

A moeda da zona do euro subiu quase 4% em relação ao dólar no mês passado, atingindo seu maior valor desde setembro de 2021. Isso levou alguns traders a migrarem para stablecoins atreladas ao euro, resultando em um aumento notável em seus valores de mercado.

O impulso do euro destaca o declínio generalizado e contínuo da moeda americana, o que significa que as condições financeiras provavelmente permanecerão fáceis, mesmo que a fraqueza não tenha feito muito para impulsionar um BTC sem direção.

Realizações de lucro, adoção institucional e perspectivas para o terceiro trimestre

O jogo de longo alcance tem sido amplamente atribuído à venda por carteiras com histórico de moedas armazenadas há mais de um ano. A realização de lucros continuou na segunda-feira, com ganhos realizados on-chain atingindo a marca de US$ 2,4 bilhões.

O BTC caiu 0,6% em 24 horas, cotado a US$ 106.500. Outros tokens, incluindo XRP, DOGE, SOL e ETH, seguiram o exemplo, enquanto BCH, ALGO e PAXG se destacaram.

Alguns analistas pediram paciência diante da contínua adoção institucional. Na segunda-feira, a rede de bancos de poupança da Alemanha anunciou que disponibilizará a negociação de criptomoedas para clientes dentro de um ano. A Strategy divulgou outra grande aquisição de BTC na semana passada, adquirindo US$ 531 milhões em BTC.

Embora o momentum de curto prazo tenha diminuído, os sinais de médio prazo permanecem otimistas, especialmente com os títulos do Tesouro corporativo acelerando seu ritmo de acumulação. Reduzimos ligeiramente a exposição para proteger o capital, mas continuamos otimistas — especialmente em altcoins com espaço para recuperação”, disse Valentin Fournier, analista-chefe de pesquisa da BRN.

Dito isso, o terceiro trimestre tem sido historicamente o mais fraco para o bitcoin. Além disso, a liquidez também tende a ser mais fraca devido às férias de verão, o que aumenta a probabilidade de movimentos exagerados de preço. Lembra da queda do BTC, impulsionada pelo iene, de US$ 70.000 para US$ 50.000 no final de julho e início de agosto do ano passado? Isso exige cautela, mesmo que os analistas mantenham uma perspectiva positiva de longo prazo.

Novos investimentos, FTX e expectativas regulatórias

Em outras notícias, a American Bitcoin, uma empresa de criptomoedas apoiada por Eric Trump, levantou US$ 220 milhões para comprar bitcoin e equipamentos de mineração. Um credor da FTX publicou no X que afirma que valores abaixo de US$ 50.000 receberam pagamentos de 120% em fevereiro e maio de 2025.

credor da FTX

Os analistas de ETF da Bloomberg, James Seyffart e Eric Balchunas, disseram que há 95% de chance de a SEC dos EUA aprovar ETFs à vista para LTC e XRP este ano.

Nos mercados tradicionais, os analistas aguardavam o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na terça-feira e na sexta-feira, sobre a folha de pagamento não agrícola. Fiquem atentos!

Análise Técnica

  • O BTC caiu 1% na segunda-feira, quase rompendo a bandeira de alta. A queda produziu uma vela externa de baixa, com uma faixa de preço mais ampla do que a vela do dia anterior.
  • Velas externas de baixa que aparecem após ganhos notáveis ​​de preço, como no caso do BTC, sinalizam tendências de baixa renovadas.
análise técnica bitcoin
Gráfico diário do BTC. (TradingView/CoinDesk)