YouTube está usando IA para verificar a idade dos usuários com base nos hábitos de visualização

O YouTube está expandindo o uso de inteligência artificial para determinar se uma pessoa tem 18 anos ou mais nos Estados Unidos. A plataforma está utilizando aprendizado de máquina para avaliar o comportamento dos usuários e estimar a idade com base no conteúdo que assistem e pesquisam.

O YouTube informou que usará IA para determinar se um usuário conectado tem mais ou menos de 18 anos, analisando os tipos de vídeos que busca, as categorias de vídeos que assiste e há quanto tempo possui a conta — independentemente da data de nascimento inserida no cadastro.

Caso o sistema identifique alguém como menor de idade, o YouTube aplicará automaticamente experiências e proteções apropriadas à faixa etária. Isso inclui desativar anúncios personalizados, ativar ferramentas de bem-estar e adicionar restrições nas recomendações — como limitar visualizações repetitivas de determinados tipos de conteúdo.

Se o sistema identificar incorretamente alguém como menor de 18 anos, o que parece ser uma possibilidade considerável, caberá ao usuário provar sua idade. Isso poderá ser feito através de cartão de crédito, documento de identidade oficial ou selfie.

A empresa afirmou que apenas aqueles que forem inferidos ou verificados como maiores de 18 anos poderão assistir a conteúdos restritos por idade no YouTube, que podem ser inapropriados para menores.

O YouTube começará a testar o sistema de detecção de idade nas próximas semanas com um pequeno grupo de usuários nos Estados Unidos. A empresa monitorará de perto este teste antes de expandi-lo para mais usuários. A plataforma, pertencente ao Google, acrescentou que já utiliza esse método em outros mercados há algum tempo, onde, segundo eles, vem funcionando bem.

O YouTube continua sendo a plataforma online mais popular entre menores de 18 anos, com 73% deles utilizando o site diariamente, segundo dados do Pew Research Center.

Em notícias relacionadas, o YouTube está tentando obter isenção da proibição do uso de redes sociais para menores de 16 anos na Austrália — argumentando que não se enquadra na categoria de plataforma de rede social.

A ex-ministra das Comunicações da Austrália, Michelle Rowland, havia prometido que o site seria isento da proibição para menores de 16 anos, mas a comissária de segurança online (eSafety) recomendou no mês passado que o YouTube fosse incluído, citando uma pesquisa que mostrou que 37% das crianças que relataram ter visto ou ouvido conteúdo potencialmente nocivo online encontraram esse conteúdo no YouTube.

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Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.