Bitcoin pode subir para US$250 mil com expansão da base monetária, diz Arthur Hayes

Arthur Hayes, ex-CEO da BitMEX, projeta que o governo americano precisará injetar US$9 trilhões na economia, o que pode impulsionar o preço do Bitcoin. Analistas reforçam otimismo com perspectivas de alta até o fim de 2025.
Arthur Hayes, ex-CEO da BitMEX, afirma que o sistema financeiro global está prestes a enfrentar a maior onda de impressão de dinheiro da história. Segundo ele, os Estados Unidos precisarão injetar cerca de US$9 trilhões para evitar o colapso econômico — medida que, segundo o executivo, poderia levar o Bitcoin a atingir a marca de US$250 mil.
Hayes explica que os principais motores dessa crise seriam as necessidades de resgates bilionários nas agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, somadas a falhas sistêmicas no setor bancário. Além disso, destaca o movimento de saída de capital estrangeiro de países como Taiwan, Coreia do Sul e Singapura, o que colocaria ainda mais pressão sobre os ativos americanos.
A previsão também leva em conta a transferência de riqueza entre gerações, com os boomers vendendo ativos que os millennials não têm capital — nem interesse — para comprar. O resultado seria o governo imprimindo dinheiro para estimular a demanda e manter o valor dos ativos. Nesse cenário, Hayes acredita que o Bitcoin, com sua oferta limitada de 21 milhões de unidades, se tornaria um dos únicos ativos capazes de absorver esse excesso de liquidez.
Mercado já sinaliza otimismo com fim de ano forte para o BTC
Embora a estimativa de US$250 mil não seja inédita — também prevista por Tom Lee e Tim Draper —, diversas análises apontam para um cenário de alta no último trimestre de 2025. A CryptoQuant, por exemplo, projeta que o BTC pode alcançar entre US$130 mil e US$200 mil até dezembro, impulsionado por fatores como cortes nas taxas de juros pelo Fed, entrada de capital via ETFs e a implementação total do regulamento MiCA na Europa.
Dados da Glassnode mostram que a faixa entre US$109 mil e US$116 mil tem atraído compradores em momentos de queda, sugerindo um padrão de acumulação. Mesmo após o recuo técnico desde o pico de US$123,400 em julho, o Bitcoin mantém um comportamento de resiliência, sendo negociado por volta de US$116 mil.
Alta demanda e otimismo institucional impulsionam confiança
Durante a recente queda para US$112 mil, cerca de 120 mil BTC foram comprados, indicando forte apetite por parte dos investidores. Apesar disso, analistas alertam que ainda é necessário mais volume para consolidar a faixa entre US$110 mil e US$116 mil como um suporte robusto.
Long-term holders também aproveitaram o repique para realizar lucros de cerca de US$44 milhões, segundo o analista Ali Martinez. Ainda assim, o padrão geral é de retenção, sinalizando confiança no potencial de valorização da criptomoeda.
Outro fator de otimismo é o crescimento da base monetária dos EUA, que subiu 1,09% ano a ano — o ritmo mais rápido desde o terceiro trimestre de 2024. Com a expectativa de novas emissões de dívida e até três cortes de juros pelo Fed ainda em 2025, analistas acreditam que a liquidez adicional poderá beneficiar o mercado cripto como um todo, especialmente os altcoins.