Os ciclos do Bitcoin têm mostrado retornos decrescentes: 61% no Ciclo 1, 42% no Ciclo 2, 35% no Ciclo 3. As estimativas atuais colocam o Ciclo 4 em crescimento de 27%.

O mais recente ciclo de alta do Bitcoin caminha para um possível clímax no final de 2025, com analistas apontando para um crescimento mais lento, porém prolongado, que pode levar a maior criptomoeda do mundo a novos recordes de US$ 150.000.

A escassez de oferta e os padrões de retenção institucional reforçam essa projeção, embora permaneça o risco de fortes correções.

Análise de ciclos sugere crescimento mais lento, mas picos mais duradouros

O analista Egrag Crypto apresentou hoje no X um arcabouço técnico comparando o desempenho do Bitcoin em quatro grandes ciclos em relação ao S&P 500. Segundo ele, cada ciclo sucessivo trouxe ganhos menores, mas com tendências de alta mais longas.

Por exemplo, no Ciclo 1, o crescimento da criptomoeda atingiu 61%, seguido por 42% no Ciclo 2 e 35% no Ciclo 3. Já para o ciclo atual, Egrag estima um pico de 27% até dezembro de 2025.

Embora seja uma queda acentuada em relação aos ciclos anteriores, isso não indica o fim do impulso. O analista afirmou que a desaceleração do crescimento geralmente resulta em ciclos prolongados, o que pode estender a fase de alta até o primeiro trimestre de 2026.

Os cálculos mostram que a redução média entre ciclos é de 11,3%, enquanto a queda total do Ciclo 1 ao Ciclo 4 é de aproximadamente 56%. Para ele, essa redução gradual reflete um mercado em amadurecimento, e não um esgotamento.

“O gráfico está em tendência de alta, mas o grau de crescimento em cada ciclo está diminuindo”, observou Egrag, sugerindo que dezembro pode trazer o próximo pico do ciclo antes de um período de resfriamento.

O debate sobre a duração do ciclo se tornou central entre especialistas recentemente. Anteriormente, o analista CryptoBirb afirmou que a atual corrida de alta estaria 93% concluída e poderia atingir o pico entre o fim de outubro e meados de novembro de 2025.

Entretanto, essa visão não é unânime. Outros analistas sugerem que o tradicional ciclo de quatro anos, historicamente ligado aos eventos de halving do Bitcoin, pode estar se desfazendo devido à maior participação institucional.

Oferta ilíquida aponta para potencial de US$ 150 mil

Enquanto isso, um relatório separado da CryptoQuant destacou um cenário de “escassez de liquidez” nas principais corretoras. De acordo com o analista pseudônimo Arab Chain, a oferta ilíquida de Bitcoin — referente ao BTC armazenado a longo prazo — voltou a níveis historicamente altos, enquanto a quantidade disponível para negociação encolheu.

Essa dinâmica normalmente gera pressão de alta ao reduzir a disponibilidade para venda. Na avaliação de Arab Chain, o mercado está em uma “alta frágil”, ao mesmo tempo pronto para novos ganhos, mas vulnerável a correções rápidas.

O especialista argumenta que o BTC pode ultrapassar os US$ 150.000 em 2025, especialmente se baleias e instituições mantiverem suas estratégias de retenção de longo prazo. No entanto, ele acredita que, se grandes detentores liberarem oferta de forma repentina em mercados pouco líquidos, a falta de liquidez pode desencadear uma forte queda para a faixa entre US$ 90.000 e US$ 100.000.

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