O Rio de Janeiro está acelerando sua jornada para se tornar referência em cripto e blockchain no Brasil. Por isso, as autoridades municipais apresentaram iniciativas e reforçaram o compromisso em criar um ambiente aberto à inovação. Além disso, o evento internacional Meridian 2025 trouxe ainda mais destaque à capital fluminense, que deseja transformar seu ecossistema tecnológico.

Vice-prefeito projeta a cidade do futuro

O vice-prefeito Eduardo Cavaliere destacou no Meridian 2025 que a prefeitura trabalha em um plano específico para atrair empresas e projetos de criptoativos. Segundo ele, os cariocas e os brasileiros têm tradição em adotar rapidamente novas tecnologias. O sucesso do Pix ilustra essa disposição em confiar em soluções digitais.

Cavaliere afirmou que o Brasil, e especialmente o Rio, pode se tornar um polo de integração entre governos e novas ferramentas financeiras. Nesse cenário, stablecoins e blockchain ganham relevância para criar serviços públicos mais modernos e acessíveis. Ele ressaltou ainda que o Rio é uma “cidade open source”, conceito que traduz a mentalidade de inovação e colaboração.

O vice-prefeito do Rio também ressaltou que o plano em desenvolvimento incluirá medidas práticas para atrair companhias. O foco será garantir apoio institucional, segurança regulatória e condições que incentivem a instalação de empresas. Assim, a cidade poderá consolidar um ecossistema favorável à tecnologia, capaz de gerar empregos e ampliar o protagonismo internacional.

Iniciativas em andamento e desafios

A prefeitura já implementou o pagamento de impostos com criptomoedas há 3 anos, começando pelo IPTU. Embora a adesão ainda seja pequena, a iniciativa sinaliza a direção de longo prazo.

A aposta no setor não se limita ao discurso. A Invest.Rio, agência municipal de atração de investimentos, lançou em abril deste ano, o Crypto Rio, grupo de trabalho que conecta representantes públicos e privados para desenvolver políticas e práticas voltadas ao setor. Esse movimento busca garantir que a cidade ofereça condições regulatórias adequadas para que novos projetos floresçam.

Porto Maravalley e alianças estratégicas

Outro pilar é o Porto Maravalley, complexo científico-tecnológico no centro da cidade que já abriga empresas do setor e deve receber novos participantes em breve. Além disso, também em abril, a PUC-Rio firmou parceria com a Fundação Cardano e a Petrobrás para incentivar a pesquisa em blockchain. Essa iniciativa reforça o papel do Rio como polo de inovação e conecta academia, setor privado e governo.

Meridian 2025 reforça protagonismo carioca

O evento Meridian 2025, realizado no Rio de Janeiro em setembro, trouxe para a cidade construtores, operadores, formuladores de políticas e instituições do setor global de blockchain. Com debates sobre RWAs, identidade digital e pagamentos programáveis, o encontro serviu como vitrine para demonstrar que a capital está preparada para receber a transformação digital. Para os organizadores, o Meridian é o espaço onde infraestrutura e influência se encontram, definindo o futuro do setor.

Em síntese, o Rio de Janeiro reforça a ambição de se tornar uma “cidade cripto” e já demonstra avanços concretos. De iniciativas pioneiras como o pagamento de impostos em cripto até parcerias acadêmicas e a criação de hubs de inovação, a capital constrói seu caminho para integrar blockchain e stablecoins à vida cotidiana. O engajamento de autoridades, empresas e universidades fortalece o projeto e posiciona a cidade como referência para o Brasil e o mundo.

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