Plasma enfrenta queda do XPL e nega rumores de venda por parte da equipe

CEO Paul Faecks afirma que tokens permanecem bloqueados por três anos, enquanto a rede ganha tração e já soma US$ 5,7 bilhões em valor alocado
O lançamento da Plasma, blockchain voltada para stablecoins, trouxe forte visibilidade ao mercado cripto nas últimas semanas. A estreia do token XPL, no fim de setembro, começou em alta, acumulando ganhos de mais de 120% em poucos dias. No entanto, a valorização não durou: desde então, o ativo já perdeu cerca de 50% de seu valor, reacendendo dúvidas entre investidores.
Rumores de que membros da equipe estariam vendendo seus tokens aumentaram a pressão sobre o projeto. Em resposta, o CEO Paul Faecks foi às redes para negar qualquer movimentação interna. Segundo ele, as alocações de equipe e investidores estão bloqueadas por três anos, com um período inicial de carência de doze meses, o que inviabilizaria qualquer venda neste momento.
Faecks também rebateu críticas sobre a composição da equipe. Embora três dos cerca de cinquenta funcionários tenham trabalhado em projetos polêmicos como Blur e Blast, ele destacou que o time inclui profissionais vindos de empresas como Google, Amazon, Microsoft, Goldman Sachs e Temasek, afastando a ideia de que a Plasma seria apenas uma “ex-Blast rebatizada”.
Apesar da instabilidade do XPL, a rede tem mostrado força em métricas fundamentais. Dados do DeFiLlama indicam que a Plasma já acumula US$ 5,7 bilhões em valor total bloqueado (TVL), posicionando-se como a sexta maior rede de stablecoins, atrás apenas de Ethereum, Tron, Solana, BNB Chain e Hyperliquid. A mainnet também estreou com mais de US$ 2 bilhões em liquidez inicial, transferências de USDT sem taxas no rollout e integração a mais de cem protocolos DeFi.
O crescimento é resultado de meses de campanhas comunitárias, incluindo uma arrecadação que superou US$ 1 bilhão em depósitos em menos de 40 minutos. Além disso, a venda pública de US$ 50 milhões em tokens foi mais que seis vezes sobrescrita, e um produto da Binance Earn ligado à Plasma USDT atingiu rapidamente o limite de US$ 1 bilhão.
A empresa agora prepara o lançamento do Plasma One, aplicativo de consumo que funcionará como um “neobanco” baseado em stablecoins, oferecendo ferramentas para poupar, gastar e transferir dólares digitais.
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