NVIDIA ultrapassa o Bitcoin e assume a liderança da nova era digital
A corrida pelo domínio tecnológico global ganhou um novo protagonista. A NVIDIA, que já simbolizava o poder da inteligência artificial, agora supera até o Bitcoin como símbolo da transformação digital. Enquanto o mercado cripto perde fôlego, a fabricante de chips consolida uma posição de liderança absoluta — unindo inovação, infraestrutura e poder financeiro.
Essa virada reflete um movimento mais amplo: o avanço da inteligência artificial sobre o espaço que antes era ocupado pelas criptomoedas como expressão máxima de disrupção. Além disso, ao contrário da volatilidade do Bitcoin, a trajetória da NVIDIA é sustentada por parcerias estratégicas, investimentos bilionários e crescimento sólido.
O império da IA: Nvidia investe US$ 1 bilhão na Nokia
Na terça-feira (28), a NVIDIA surpreendeu o mercado ao anunciar um investimento de US$ 1 bilhão na finlandesa Nokia, adquirindo 2,9% de participação. Com isso, o acordo visa criar soluções de rede baseadas em inteligência artificial e abrir caminho para o desenvolvimento do 6G.
As duas empresas pretendem combinar os chips da NVIDIA com o software RAN (Radio Access Network) da Nokia, de modo a otimizar a eficiência de conectividade e expandir a integração entre computação acelerada e redes móveis. Além disso, a colaboração envolve também a T-Mobile US, que participará dos testes de performance e eficiência em 2026.
Por outro lado, a aliança marca um divisor de águas: pela primeira vez, a infraestrutura de redes de telecomunicação e a inteligência artificial caminham juntas para redefinir a base da conectividade global. Segundo o comunicado oficial, a parceria deve “gerar valor significativo para ambas as empresas”, consolidando a NVIDIA como catalisadora da convergência entre IA e telecomunicações.
Mercados em contraste: Nvidia brilha, Bitcoin desacelera
Enquanto o brilho da NVIDIA ofusca os concorrentes, o Bitcoin enfrenta dificuldades para manter seu ímpeto. A criptomoeda, que chegou a superar US$ 120 mil em 2024, agora opera cerca de 10% abaixo de sua máxima histórica. Mesmo assim, muitos investidores ainda observam o ativo como reserva digital de valor.
No acumulado de 2025, o índice S&P 500 subiu 17%, o Nasdaq avançou 24% e o ouro valorizou 50%. Em contrapartida, o Bitcoin acumula ganhos modestos de 16%, perdendo terreno para as ações americanas.
A valorização das ações da NVIDIA, por sua vez, elevou seu valor de mercado para impressionantes US$ 5 trilhões — superando a soma de concorrentes como AMD, Intel e Qualcomm. De acordo com dados da Dow Jones Market Data, a empresa responde por quase 20% dos ganhos do S&P 500 neste ano e representa 8,3% de seu peso total.
Entretanto, a ascensão não se limita aos números. Na prática, ela reflete uma série de movimentos estratégicos e parcerias globais. Além da Nokia, a NVIDIA firmou acordos com Palantir, Samsung e Oracle, e negocia com o Departamento de Energia dos EUA a construção de novos supercomputadores.
Os Estados Unidos e a revolução da IA
A NVIDIA também lidera a construção da infraestrutura de IA dos EUA. Nesse contexto, colabora com laboratórios nacionais e gigantes como Oracle, Dell e Microsoft no desenvolvimento de supercomputadores voltados a aplicações científicas e de segurança nacional.
O fundador e CEO Jensen Huang descreve o momento como “a nova revolução industrial da IA”. Segundo ele, o projeto Solstice contará com 100 mil GPUs Blackwell, atingindo 2.200 exaflops de poder computacional — um salto histórico.
Desse modo, essas iniciativas colocam a empresa no coração da transformação tecnológica americana, impulsionando desde pesquisas médicas até o avanço do 6G. Huang resume a ambição com clareza: “Estamos no alvorecer da revolução industrial da IA. Este é o nosso momento Apollo”.
Além disso, o Laboratório Nacional de Los Alamos e o Laboratório de Argonne já utilizam plataformas da NVIDIA para pesquisas em energia, clima e ciência dos materiais. Portanto, a empresa se consolida como espinha dorsal da nova infraestrutura digital americana.
Revolução tecnológica
Enquanto o Bitcoin enfrenta resistência e consolida sua posição como reserva de valor digital, a NVIDIA avança como motor da próxima revolução tecnológica. Assim, a comparação entre ambos simboliza mais do que uma disputa de retornos: representa o embate entre dois paradigmas — descentralização e poder computacional. Com parcerias bilionárias e liderança global em IA, a NVIDIA redefine o mapa do mercado, indicando que o futuro da inovação pode estar menos nas criptomoedas e mais na fusão entre algoritmos e infraestrutura inteligente.