Bitcoin tenta retomar fôlego enquanto ZEC sai em disparada

Bitcoin mostra respiro técnico, mas ainda carrega incertezas
O mercado cripto inicia novembro com um alívio tímido, mas sem euforia. Depois da forte liquidação que derrubou o Bitcoin (BTC) para abaixo de US$ 99.000, a principal criptomoeda voltou a se recuperar gradualmente, atingindo US$ 104.000 nesta quinta-feira (6). No entanto, a alta de 1,8% ainda não convenceu os traders, que seguem cautelosos diante da volatilidade. Assim, o BTC opera próximo de US$ 103.000, testando novamente a confiança do mercado.
Durante a semana passada, o ativo chegou a ser negociado a US$ 116.000 antes de cair para US$ 111.000, movimento que se intensificou após o corte das taxas de juros pelo Federal Reserve. Em seguida, o preço afundou para menos de US$ 107.000 e, em apenas 36 horas, desabou até US$ 99.000 — a mínima em quase cinco meses. Depois desse choque, compradores reagiram e conseguiram elevar a cotação novamente acima dos US$ 102.000. Ainda assim, a recuperação parece frágil, sustentada por um sentimento misto entre cautela e tentativa de reposicionamento.

A capitalização do mercado de Bitcoin estabilizou-se em cerca de US$ 2,06 trilhões, enquanto seu domínio sobre as altcoins manteve-se em 58,5%. Em reais, o preço do BTC nesta manhã dequinta-feira (06) é de R$ 553.982,95. Isso significa que R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 representa aproximadamente 0,0000017 BTC.
Altcoins entre ganhos e perdas, mas ZEC rouba a cena
Enquanto o Bitcoin tenta se firmar, o comportamento das altcoins mostra um quadro misto. Algumas seguem o ritmo do BTC, outras se destacam em direções opostas. O grande destaque é o Zcash (ZEC), criptomoeda voltada à privacidade, que rompeu completamente a tendência de baixa. O ativo disparou cerca de 20% nas últimas 24 horas, atingindo sua máxima em vários anos e sendo negociado acima de US$ 500. Essa alta elevou o entusiasmo entre investidores que buscam projetos com diferenciais técnicos consistentes.
Outro nome forte no dia é o Internet Computer (ICP), que valorizou-se cerca de 24%, chegando a US$ 6,20. Já o Dash (DASH) também brilhou, subindo 21%, enquanto o Ethereum (ETH) ganhou tímidos 2% e segue abaixo de US$ 3.400. O XRP, por sua vez, ultrapassou novamente o BNB em capitalização de mercado, após avançar 3,7% e chegar a US$ 2,30.
Em contraste, algumas criptomoedas ficaram para trás. Story (IP), OKB (OKB) e Injective (INJ) registraram quedas de -7%, -3% e -2%, respectivamente. Esse comportamento heterogêneo reflete a falta de direção unificada no mercado, que segue avaliando oportunidades e riscos sob um ambiente macroeconômico ainda incerto.
Além disso, a capitalização total do mercado de criptomoedas recuperou o patamar de US$ 3,5 trilhões, depois de cair para menos de US$ 3,3 trilhões na terça-feira. Essa melhora, embora parcial, indica uma tentativa de estabilização após o choque dos últimos dias. No entanto, muitos analistas acreditam que ainda pode haver novas correções antes que o sentimento de alta volte de forma consistente.
Um momento de pausa e avaliação para os investidores
O movimento recente mostra que o mercado de criptomoedas ainda caminha em terreno instável. Por um lado, há sinais de resiliência, com o Bitcoin reagindo após perdas expressivas. Por outro, a falta de força compradora suficiente para romper resistências importantes mantém a sensação de alerta. Assim, o momento favorece uma análise criteriosa, especialmente porque o desempenho de ativos como ZEC e ICP revela que a seletividade tende a crescer entre os investidores.
Além disso, o dólar forte e as incertezas em torno da política monetária global seguem pesando sobre os ativos de risco. Portanto, mesmo que o mercado mostre breves períodos de recuperação, ainda há espaço para volatilidade intensa. Traders e gestores, portanto, monitoram níveis técnicos críticos — como o suporte de US$ 100.000 e a resistência próxima de US$ 107.000 — para tentar identificar sinais mais claros da próxima tendência.