Itaú sugere 3% em Bitcoin e anima mercado

Bitcoin entra no radar do Itaú com recomendação de alocação

A decisão do Itaú Asset Management, braço de investimentos do maior banco privado do Brasil, de sugerir que investidores destinem entre 1% e 3% do portfólio ao Bitcoin movimentou o mercado cripto e trouxe novo entusiasmo para 2026. A iniciativa, divulgada recentemente, surge em um momento de forte volatilidade, mas também de projeções otimistas para o ativo digital mais consolidado do setor.

A recomendação indica um reconhecimento crescente do potencial de longo prazo do Bitcoin, especialmente em um cenário global de diversificação e busca por alternativas menos correlacionadas ao mercado tradicional. Esse movimento institucional, liderado por uma das maiores instituições financeiras da América Latina, reforça a percepção de que o Bitcoin alcançou maturidade suficiente para atrair gestores de grande porte.

Por que o Itaú aposta na resiliência do Bitcoin

Segundo analistas do Itaú Asset Management, o Bitcoin mantém características que o tornam atraente para estratégias de proteção e diversificação. A instituição destaca que o ativo possui baixa correlação com classes tradicionais, como ações e títulos soberanos. Assim, mesmo com a queda superior a 30% desde o pico registrado em outubro, o ativo ainda seria visto como uma alternativa sólida para compor carteiras modernas.

A visão do banco também se alinha à expectativa de que o Bitcoin possa retomar um ciclo de valorização conforme novos fluxos institucionais avancem. Além disso, o relatório afirma que a demanda por ativos digitais segue estruturada, independentemente das correções recentes.

No entanto, o entusiasmo não ignora os riscos. A volatilidade permanece como uma das principais características do Bitcoin. Ainda assim, o Itaú avalia que uma exposição moderada pode gerar benefícios consistentes, especialmente quando planejada como parte de um portfólio diversificado.

Como a alocação de 3% pode impactar o mercado

Se outros gestores seguirem a mesma orientação, a entrada de capital institucional poderá criar nova pressão de compra sobre o Bitcoin ao longo de 2026. Esse comportamento tende a influenciar tanto investidores de varejo quanto fundos menores que observam decisões de grandes instituições antes de ajustar suas próprias estratégias.

Além disso, recomendações assim reforçam a legitimidade do Bitcoin no ambiente financeiro formal. Portanto, aumentam a confiança de participantes que, até então, hesitavam em entrar no mercado por receio regulatório ou por falta de validação institucional. A sinalização do Itaú pode servir como catalisador para uma mudança significativa no fluxo de investimentos.

Analistas do setor destacam que, historicamente, movimentos institucionais têm impacto direto na formação de preço. Assim, a recomendação de alocação entre 1% e 3% pode ter efeitos não apenas no Brasil, mas também ampliar o otimismo global em relação ao ativo.

Perspectivas para 2026 e o papel crescente da adoção institucional

O cenário projetado para 2026 é composto por elementos que podem influenciar positivamente o Bitcoin. Entre esses fatores, destacam-se a expansão da infraestrutura de ativos digitais, a evolução de marcos regulatórios e o amadurecimento das estratégias de fundos tradicionais.

Além disso, recomendações como a do Itaú aprofundam a integração entre o mercado tradicional e o universo cripto. Cada vez mais, o Bitcoin assume função estratégica em carteiras diversificadas, especialmente em momentos de incerteza econômica. Assim, cresce a percepção de que o ativo pode atuar como proteção, mantendo relevância mesmo em ciclos de queda.

Portanto, a entrada do Itaú nesse debate amplia a sensação de confiança e reforça a tese de que 2026 pode representar um ponto de virada para a consolidação do Bitcoin como um componente permanente das estratégias de investimento, tanto institucionais quanto pessoais.