Senadores dos EUA propõem projeto contra golpes com criptos
Criptomoedas entram no foco de nova força-tarefa federal
As senadoras Jerry Moran e Elissa Slotkin dos Estados Unidos apresentaram um projeto bipartidário, o Safe Crypto Act, que propõe a criação de uma força-tarefa federal dedicada ao enfrentamento de golpes envolvendo criptomoedas. O texto estabelece que a equipe seja formada por autoridades de diversas esferas do governo e por representantes da indústria de criptomoedas, com o objetivo de melhorar a coordenação em investigações e estratégias preventivas.
A proposta surge diante do crescimento de crimes financeiros ligados a ativos digitais. Além disso, a iniciativa busca aproximar reguladores e empresas de tecnologia, criando um fluxo de comunicação que fortaleça a identificação de padrões de fraude e a formulação de respostas rápidas. A legislação também pretende integrar o trabalho de órgãos que já atuam no setor, como o Departamento de Justiça e agências financeiras, ampliando a troca de informações sobre redes de golpes e movimentações suspeitas.
As senadoras defendem que a participação de representantes da indústria permitirá que o grupo compreenda melhor a dinâmica de desenvolvimento de serviços digitais e dos recursos de segurança já utilizados pelas empresas. Assim, a força-tarefa poderá propor medidas mais eficazes e compatíveis com o ambiente tecnológico.
Estrutura e metas definidas no projeto
O texto determina que a força-tarefa inclua membros do governo federal e profissionais indicados por entidades do setor de ativos digitais. No entanto, o projeto não prevê atribuições de fiscalização isolada, mas sim ações de coordenação e recomendação. A equipe deverá produzir relatórios periódicos com análises de incidentes e propostas de aperfeiçoamento regulatório. Além disso, o grupo deve apoiar programas educativos para consumidores, alertando sobre golpes recorrentes e novos métodos usados por fraudadores.
O avanço da discussão nos EUA ecoa debates sobre segurança no mercado global. A rápida expansão do uso de criptomoedas exige estruturas mais ágeis e integradas. Portanto, o projeto menciona a necessidade de mecanismos capazes de identificar operações transfronteiriças suspeitas, reforçando a cooperação internacional.
A menção a representantes da indústria também destaca a importância da colaboração com empresas que operam plataformas de negociação, serviços de custódia ou soluções de pagamento baseadas em blockchain. A presença de especialistas permitirá que o grupo compreenda aspectos de arquitetura de rede, fluxos de transações e mecanismos avançados de autenticação.
Impactos esperados da força-tarefa
A criação desse grupo também reforça a importância da circulação de dados entre entidades federais. Além disso, o projeto menciona que relatórios técnicos serão entregues em prazos regulares, trazendo análises sobre modalidades de fraude e sugerindo ajustes em legislações nacionais. Assim, a expectativa é que as recomendações fortaleçam a estrutura de defesa contra crimes financeiros relacionados às criptomoedas.
A inclusão de representantes da indústria contribui para que as medidas propostas considerem a realidade tecnológica do mercado. Segundo o documento, autoridades e profissionais do setor terão a missão de identificar vulnerabilidades em protocolos digitais e sugerir práticas mais sólidas para reduzir riscos. Embora ainda dependa de aprovação legislativa, o projeto destaca a urgência de respostas coordenadas diante do aumento de golpes e da evolução de esquemas fraudulentos.
Com a apresentação do texto, as senadoras reforçam que a força-tarefa deve atuar de modo imediato após a aprovação, reunindo especialistas para analisar casos recentes e consolidar informações técnicas capazes de embasar políticas públicas. Como consequência, a iniciativa busca responder rapidamente à escalada de crimes envolvendo criptomoedas, estabelecendo uma base consistente para decisões de curto prazo.