Criptomoedas lideram interesse dos brasileiros em 2025, revela MB

A exchange de criptomoedas brasileira Mercado Bitcoin (MB) divulgou nesta quinta-feira (18) um relatório sobre o desempenho do mercado de criptomoedas em 2025 em sua plataforma, cujo aumento de participação foi capitaneado por jovens de até 24 anos.

A evolução das criptomoedas ao longo de 2025 ganhou novos contornos no Brasil, impulsionada pelo levantamento Raio-X do Investidor, produzido pelo MB. O estudo traça um panorama detalhado das escolhas do investidor nacional e destaca tendências relevantes, como a expansão das stablecoins e o fortalecimento da renda fixa digital dentro do setor cripto. Além disso, o relatório reforça a forma como esses movimentos moldam o comportamento de negociação ao longo do ano.

A partir desse cenário, observa-se que o investidor brasileiro se aproxima cada vez mais de ativos digitais ligados a estruturas de maior previsibilidade, ainda que o mercado mantenha espaço para moedas tradicionais do ambiente cripto. No entanto, o relatório indica que, dentro desse espectro, a expansão de instrumentos atrelados à estabilidade se tornou um ponto de atenção. Assim, o estudo conduz a uma compreensão mais ampla sobre o que tem guiado as preferências de quem participa desse mercado no país.

Esse movimento ocorre em um período de crescente diversificação, no qual ativos com diferentes perfis convivem no portfólio dos investidores. Além disso, o avanço regulatório observado nos últimos anos contribui, de forma indireta, para a maturação do mercado doméstico, algo que se reflete na difusão de produtos mais estruturados para atender a públicos com níveis variados de familiaridade com tecnologia e finanças.

O papel das stablecoins na escolha dos investidores

O relatório elaborado pelo MB também chama atenção para o crescimento das stablecoins no mercado brasileiro ao longo de 2025. Esse tipo de ativo, por sua natureza vinculada a mecanismos de estabilidade, tende a ganhar relevância em períodos de maior incerteza econômica global. Além disso, a adoção crescente desses instrumentos pode decorrer da necessidade de preservação de valor em um ecossistema sensível às oscilações externas.

Essa preferência reforça uma dinâmica que se tornou estrutural no Brasil: a busca por alternativas digitais que ofereçam agilidade, liquidez e menor exposição a volatilidades intensas. Assim, o investidor que transita entre diferentes modalidades dentro do universo cripto encontra nas stablecoins um ponto de equilíbrio entre risco e flexibilidade operacional.

Outro fator que ajuda a explicar esse crescimento envolve a expansão de serviços que utilizam stablecoins como base para transações e transferências. Além disso, a crescente integração desses ativos em plataformas locais tende, de forma indireta, a favorecer sua circulação e a aumentar seu protagonismo entre as moedas mais negociadas.

Entre as criptomoedas mais negociadas, o primeiro lugar seguiu com o Bitcoin (BTC), mas o crescimento das stablecoins também foi destaque aqui, com o USDT assumindo o segundo posto. O top 5 foi completado pelos maiores ativos em valor de mercado, com Ethereum (ETH), Solana (SOL) e XRP.

Confira a lista de ativos mais negociados:

AtivoRanking em 2025Ranking em 2024
Bitcoin (BTC)
USDT
Ethereum (ETH)
Solana (SOL)
XRP

O levantamento do MB, reconhecido como a plataforma de ativos digitais líder na América Latina, considerou dados de investidores brasileiros por meio da análise do comportamento e das operações dos usuários na plataforma.

Renda fixa digital e a transformação do ambiente cripto

Entre os elementos destacados pelo Raio-X do Investidor, o avanço da renda fixa digital surge como parte essencial da consolidação do setor no país. Ainda que os produtos ligados a essa modalidade variem em estrutura conforme cada plataforma, eles compartilham a característica de atrair públicos que buscam previsibilidade e organização na gestão financeira. Assim, essa tendência contribui para aproximar o ambiente cripto de dinâmicas já reconhecidas no sistema tradicional.

Essa expansão também se relaciona a uma mudança natural no comportamento do investidor, que passa a explorar alternativas mais diversificadas dentro do ecossistema. Além disso, a presença de produtos digitais estruturados amplia o leque de possibilidades para quem busca combinar exposição ao mercado cripto com instrumentos que proporcionem maior estabilidade.

Embora essa tendência não elimine o espaço das moedas mais tradicionais, ela altera o equilíbrio entre os tipos de ativos mais procurados. Assim, a renda fixa digital se torna parte de um processo que contribui para consolidar o mercado local, ampliando opções que podem apoiar estratégias mais conservadoras em determinados momentos.

Tendências de comportamento e impacto no mercado

Ao observar as dinâmicas gerais captadas pelo relatório, percebe-se que o investidor brasileiro se tornou mais criterioso na escolha de ativos digitais ao longo de 2025. Além disso, há sinais de que o equilíbrio entre risco e estabilidade passou a influenciar, de forma mais intensa, a composição das carteiras. Assim, o avanço de instrumentos como stablecoins e renda fixa digital cria um ambiente em que decisões tendem a incorporar considerações estruturais mais amplas.

Esse direcionamento se reflete no conjunto das moedas mais negociadas, que passa a reunir alternativas capazes de atender perfis distintos de interesse. Além disso, a popularização crescente dessas modalidades sugere que o mercado brasileiro continua em processo de ajustamento, absorvendo influências globais sem deixar de lado características locais. Assim, a combinação entre flexibilidade, segurança e funcionalidade se mantém no centro das decisões tomadas pelos participantes ativos do setor.

No curto prazo, os dados apresentados pelo levantamento Raio-X do Investidor reforçam a relevância que as stablecoins e a renda fixa digital exercem sobre o comportamento dos brasileiros no ecossistema cripto, moldando um ambiente em evolução contínua e impactando diretamente as moedas que lideram o volume de negociações no país.

Stablecoins e ativos tokenizados lideram

As stablecoins foram a categoria que mais cresceu no ano, com volume mais que triplicado, enquanto os ativos tokenizados, como a renda fixa digital (RFD), registraram alta de 108%.

Só em 2025, distribuímos R$ 1,8 bilhão em ativos de RFD, com a categoria entregando em média 132% do CDI no ano, muitas vezes com isenção de imposto de renda, acrescentou Tota, indicando o potencial da vertente para 2026.

O número de investidores comprando Bitcoin (BTC) cresceu 14% frente a 2024, mostrando que, mesmo com sua atual dominância no mercado, o ativo continua a ampliar sua base. Além de o ativo seguir como a principal criptomoeda no ranking de mais negociados ao longo de 2025, ele é seguido por USDT, Ethereum (ETH) e Solana (SOL).

Desempenho Regional

No volume negociado, o Sudeste lidera com São Paulo e Rio de Janeiro em 1º e 2º lugar. O Paraná (Sul) aparece em 3º, seguido por Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que completam o top 5. O Centro-Oeste entra com o Distrito Federal em 7º lugar do ranking geral, enquanto a Bahia representa o Nordeste em 9º. A região Norte só aparece na 16ª posição do ranking nacional, com o Acre.