Bitcoin pode reagir após fim fraco, diz analista

Bitcoin, a maior cripto do mercado, atravessa um fim de 2025 marcado por baixa volatilidade e desempenho modesto. O ativo registra queda de cerca de 2,8% no acumulado do ano, enquanto o esperado rali de fim de ano perdeu força devido ao menor volume de negociação no período de festas. Mesmo assim, especialistas afirmam que esse enfraquecimento não indica um início negativo para 2026. O ativo atravessa um momento que, segundo analistas, pode servir como base para possível recuperação.

Em entrevista à CNBC, o investidor Anthony Pompliano disse que a calmaria recente pode ajudar o mercado nos primeiros meses de 2026. Segundo ele, a baixa volatilidade reduz a chance de quedas expressivas, fator que costuma assustar investidores em ciclos anteriores.

“Dado onde está a volatilidade no momento, seria surpreendente ver o Bitcoin comprimido desse jeito e ainda assim sofrer uma queda de 70% ou 80%”, afirmou Pompliano.

Pompliano lembrou que muitas projeções colocavam o preço perto de US$ 250 mil até dezembro, algo que não se concretizou. No entanto, ele reforça que isso não significa perda de força no longo prazo. Além disso, os dados históricos mostram que o ativo manteve desempenho sólido. O Bitcoin subiu cerca de 100% em dois anos e quase 300% em três anos, números que reforçam o potencial estrutural de crescimento.

O investidor ressaltou também que a forte queda típica de ciclos anteriores, próxima de 80%, não ocorreu em 2025. Portanto, o movimento atual se mostra menos extremo do que o registrado em anos anteriores, indicando maior maturidade do mercado.

Analistas destacam estabilidade do mercado

Daan Crypto Trades observou o cenário recente como estável, com poucas oscilações relevantes nas últimas semanas. Segundo ele, o primeiro trimestre de 2026 será crucial para definir o rumo do mercado de criptoativos. Assim, muitos investidores acompanharão o comportamento do Bitcoin para entender se o ciclo atual já atingiu o topo ou se ainda há espaço para novas altas.

A gestora VanEck compartilha essa percepção. A empresa afirma que o ativo deve iniciar 2026 com sinais mistos, mas ainda positivos. Portanto, a tendência mais provável é de consolidação, e não de queda acentuada ou rali agressivo no curto prazo.

Além disso, Pompliano e outros analistas afirmam que a baixa volatilidade e os ganhos acumulados nos últimos anos mostram que o mercado segue saudável. Assim, o enfraquecimento do fim de 2025 pode refletir apenas pausa temporária, e não mudança estrutural negativa.

Perspectivas para o início de 2026

No curto prazo, especialistas acreditam que o comportamento atual pode influenciar diretamente o posicionamento dos investidores ao longo do primeiro trimestre de 2026. Embora existam incertezas, o cenário não aponta para pessimismo claro. Pelo contrário, a combinação de estabilidade, consolidação e histórico recente de ganhos sugere ambiente favorável para possíveis reações do Bitcoin. Portanto, o desempenho fraco no fim de 2025 não deve ser interpretado como sinal de queda prolongada.