Reclassificação pode liberar XRP para bancos
O interesse institucional pelo ativo XRP cresce por todo o mercado, e esse movimento cresce de forma consistente. No entanto, a entrada do token nos balanços de bancos sempre esbarrou em regras rígidas do Basel III, que definem altas exigências de capital para ativos classificados como arriscados. Esse cenário pode mudar após uma possível revisão regulatória, o que criaria novas oportunidades para instituições financeiras que desejam utilizar o ativo em custódia e liquidação.
Essa discussão volta ao centro das atenções porque o XRP permanece enquadrado como exposição de cripto Tipo 2, o que representa peso de risco de 1.250%. Na prática, os bancos precisam reservar US$ 12,50 em capital para cada US$ 1 em XRP mantido, algo que inviabiliza o uso institucional direto. Esse desequilíbrio explica por que, apesar do interesse tecnológico, grandes instituições ainda mantêm distância do ativo em seus balanços.

Por que o Basel III limita a presença do XRP nos bancos
A classificação atual impõe uma barreira regulatória significativa. Além disso, conforme apontado por analistas como Stern Drew, o peso de risco exagerado impede que bancos utilizem o XRP de forma direta, mesmo quando há utilidade clara em operações de transferência internacional e liquidação. Assim, o ativo permanece restrito a modelos fora do balanço, limitando sua adoção institucional.
Drew argumenta que a resistência não ocorre por falta de demanda, mas por ineficiências criadas pelo próprio sistema regulatório. Portanto, qualquer mudança no Basel III pode alterar profundamente o papel dos ativos digitais dentro de bancos tradicionais. A possibilidade de reclassificação ganha força à medida que reguladores globais aprimoram regras e ampliam a clareza jurídica envolvendo cripto.
Como uma nova classificação pode transformar o uso institucional
Se o XRP migrar para uma categoria de menor risco, o ativo poderá ser tratado como um digital Tier 1, padrão que inclui stablecoins com forte estabilidade e ativos tokenizados tradicionais. Esse ajuste reduziria de forma expressiva os custos regulatórios dos bancos. Assim, instituições financeiras ganhariam espaço para custodiar o token e utilizá-lo diretamente em suas operações internas, algo inviável no modelo atual.
Além disso, a mudança não afetaria apenas o curto prazo. Ela reorganizaria o fluxo de liquidez no ecossistema, já que bancos poderiam substituir estruturas externas por posse direta do ativo. Portanto, a reclassificação se tornaria um elemento decisivo para que o XRP avance dentro do setor financeiro global.
Esses fatores mostram por que a possível revisão no Basel III pode marcar um novo ciclo para o token. Atualmente, o peso de risco de 1.250% impede qualquer adoção ampla. Porém, com uma classificação mais equilibrada, o custo de capital diminuiria de imediato. Isso abriria espaço para uma presença maior do XRP em balanços bancários e também ampliaria sua utilidade em sistemas de liquidação, custódia e movimentação internacional de valor.