Celestia tem maior queda entre altcoins em 2025
A forte correção do mercado de altcoins em 2025 impactou diversos ativos, e a queda de Celestia tornou-se um dos principais destaques negativos do ano. O movimento refletiu desbloqueios constantes, liquidez enfraquecida e uma percepção de risco mais elevada em todo o setor. Além disso, projetos como Optimism (OP) e os tokens da Aliança de Superinteligência Artificial (FET/ASI) também registraram perdas expressivas, reforçando o cenário adverso.
Desempenho da Celestia e fatores de pressão
A Celestia (TIA), blockchain em modelo proof-of-stake com foco em aplicações modulares, perdeu quase 90 por cento de valor ao longo de 2025. No início do ano, o ativo era negociado perto de US$ 5,5, mas recuou para aproximadamente US$ 0,46 em dezembro.

O cronograma de desbloqueios entre 2024 e 2026 pressionou o token de forma contínua. Segundo análise divulgada pela CoinDesk, o ritmo de emissões reduziu a liquidez e agravou a desvalorização.
Em agosto, a Celestia Foundation anunciou a recompra de 43,45 milhões de TIA pertencentes à Polychain, operação avaliada em US$ 62,5 milhões. A iniciativa buscava controlar a oferta, porém destacou ainda mais as vendas de investidores e gerou críticas da comunidade.
“Isso é um novo nível de problema. Tradução: vamos tirar tokens TIA de um investidor que estava vendendo e entregá-los a outro investidor que vai vender mais tarde”, comentou um usuário identificado como Mirza.
Além disso, análises do portal Chain Catcher indicaram baixa captura de taxas e pouca utilização da rede ao longo do ano. Assim, a divergência entre valor de mercado e atividade real reforçou a desconfiança de investidores.
Impacto dos desbloqueios no Optimism
O Optimism (OP) também sofreu com um ano de forte queda. O token perdeu mais de 84 por cento em 2025, passando de US$ 2,06 para cerca de US$ 0,27. No entanto, a pressão veio principalmente da sequência de desbloqueios que aumentaram a oferta em momentos de demanda fraca.

A competição crescente entre soluções L2 ampliou as perdas, enquanto a liquidez migrou para projetos com maior atratividade. Mesmo assim, avanços técnicos não foram suficientes para recuperar o apetite do mercado pelo OP.
Desafios enfrentados pelos tokens da ASI Alliance
Os tokens associados à Aliança de Superinteligência Artificial (FET/ASI) como FET, também recuaram cerca de 84 por cento. A fusão entre FET, AGIX e OCEAN criou incertezas em 2024, e a ausência de padronização entre exchanges, junto da decisão da Coinbase de não participar da migração, intensificou o problema.
A situação piorou em outubro de 2025, quando a Ocean Protocol deixou a aliança. Portanto, disputas internas e ameaças legais levaram à suspensão temporária da ponte de conversão, aumentando a pressão sobre os tokens.
Além disso, o setor de inteligência artificial perdeu força em 2025. Relatório da Coingecko apontou que o segmento deixou de ser o mais lucrativo, enquanto narrativas ligadas a ativos do mundo real ganharam protagonismo.
Visão geral do mercado de altcoins
O ambiente macroeconômico de fim de ano foi marcado por choques tarifários e menor liquidez global. Portanto, a aversão ao risco no setor de tecnologia ampliou as quedas de ativos já fragilizados por disputas internas, baixa utilização e excesso de oferta.
No conjunto, Celestia, Optimism e FET ilustram como fatores estruturais e choques externos se combinaram para gerar perdas profundas em 2025. Assim, o mercado de altcoins terminou o ano com menor apetite dos investidores e maior cautela para 2026.