Caso Kriptacoin: carros de luxo dos operadores de golpe com criptomoedas são leiloados
Novidades para o caso Kriptacoin
De acordo com uma publicação do G1 do dia 9 de março, a justiça do Distrito Federal ordenou que dezesseis carros de luxo apreendidos durante as investigações do caso Kriptacoin fossem leiloados. Os veículos são de marcas notórias, como Ferrari, BMW, Mercedes-Benz, Porsche, Audi e Land Rover.
Caso Kriptacoin
A Kriptacoin foi um sistema fraudulento de Ponzi, operado pela empresa Wall Street Corporate, que teve início no fim de 2016. Como de costume, criou-se uma criptomoeda (falsa, obviamente) que rendia aos seus compradores retornos de 1% ao dia sobre o investimento. Conforme já explicado aqui no Webitcoin, tais investimentos com rendimentos absurdos nunca são legítimos, caracterizando esquemas de Ponzi – uma empresa promete investir o dinheiro dos usuários, rendendo-lhes retornos astronômicos.
O esquema ganhou tração após a criação da empresa Kripta, em janeiro de 2017. O grupo tinha sede em Brasília, onde supostas reuniões de negócios eram realizadas.
Com o desmantelamento do esquema em setembro de 2017, estima-se que ele tenha movimentado R$250 milhões, lesando 40 mil pessoas. Dentre os bens apreendidos constam R$6 milhões em contas de laranjas, um helicóptero e os dezesseis veículos de luxo que serão leiloados.
Tentativa de reparação
Segundo a publicação do G1, o automóvel mais velho é do ano 2007, enquanto mais novo é de 2017. Para um dos veículos, uma Lamborghini ano 2015, o lance mínimo varia de R$35 mil até R$1,3 milhão.
O dinheiro, segundo o Ministério Público do Distrito Federal, será utilizado para ressarcir as vítimas:
“Todo o dinheiro arrecadado, tanto na venda dos bens como nos leilões, será utilizado para ressarcir as vítimas do grupo criminoso,” afirmou o parquet.
Esta é uma continuação do caso, que desde abril de 2018 não conta com novidades. Na data, treze acusados foram condenados por crimes contra a economia popular, com penas variando de três a onze anos de prisão.
Importante ressaltar que, tanto a empresa Wall Street Corporate, quanto a Kripta, não possuíam cadastro junto à Comissão de Valores Mobiliários – CVM.