Terrorista por trás do ataque da Nova Zelândia alega ter feito dinheiro com esquema da BitConnect
Terrorista utilizou fundos em criptomoedas para viajar
Conforme vários veículos de notícia veicularam, citando um documento que parece ser um manifesto feito por Brenton Tarrant, investimentos em criptomoedas permitiram que ele viajasse.
Tarrant revelou ser um personal trainer na Austrália, e é um de quatro suspeitos atualmente detidos após a morte de cinquenta pessoas resultantes de um ataque à mesquita de Christchurch. É o pior tiroteio da história da Nova Zelândia.
O manifesto, intitulado “A Grande Substituição: a caminho de uma nova sociedade”, é supostamente um trabalho de Tarrant e apareceu online.
“Eu trabalhei durante um tempo antes de ganhar dinheiro investindo na BitConnect, então eu utilizei o dinheiro para viajar,” revela uma passagem do documento.
Foco nas criptomoedas e financiamento de causas terroristas
A BitConnect está imersa em diversas batalhas legais e ameaças das autoridades, sendo seus criadores acusados de operarem um esquema de Ponzi.
Em janeiro de 2018, o esquema foi desmantelado, deixando os investidores da BitConnect com as moedas do projeto, tendo estas perdido 90% do valor.
A criptomoeda e a entidade por trás dela ganharam notoriedade na internet antes do fechamento do projeto, em grande parte devido ao representante Carlos Matos, que criou diversas frases de efeito.
Tarrant não deu mais detalhes sobre seu investimento, e ainda é incerto quanto ele conseguiu obter com ele, ou se os fundos tiveram um impacto direto nos crimes que ele subsequentemente cometeu.
A ameaça de atividade terrorista envolvendo criptomoedas permanece uma preocupação das autoridades do mundo todo.
Embora a literatura atual traga preocupações sobre seu uso em atividades criminosas, outros estudos questionam até onde terroristas organizados conseguem utilizar criptomoedas em suas operações.
Dinheiro, argumentam, continua sendo a forma de financiamento preferida.
Fonte: Bitcoinist