Peru adere à tecnologia blockchain no combate à corrupção

Sistema de compras e contratos do país vai contar com o suporte da tecnologia de rede distribuída para evitar fraudes e corrupção. Registro e rastreabilidade são os grandes trunfos

A adoção de um sistema transparente na contratação de serviços é o norte que guia a adaptação do governo peruano à tecnologia blockchain, como ferramenta de gestão de contratos. Foi anunciada, recentemente, uma parceria com a stamping.io, provedora da solução de registro e autenticidade via rede distribuída, e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, instituição de financiamento multilateral para a América Latina. A ideia é que passe a vigorar, em todo o sistema público do pais, um processo altamente transparente e rastreável de aquisição e contratos, que evita violações e corrupção.

Na base de implantação do blockchain pelo governo peruano está a preocupação em digitalizar os processos de contratação e trazê-los para uma base imutável, o que, além de certificar procedência e veracidade, elimina riscos de alterações ou fraudes. Outro importante motivo para a medida é reduzir os índices de corrupção, logo após escândalos recentes envolvendo a construtora brasileira Odebrecht.

 

Como a tecnologia vai operar

A partir da plataforma desenvolvida pela stamping.io, todos os pedidos da  agência governamental Peru Compra, que regula as compras eletrônicas no país, serão registrados no blockchain da cadeia LAC. A cadeia LAC é uma iniciativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), criada para promover um ecossistema blockchain na América Latina e no Caribe.

O sistema peruano está em fase de testes, mas já demonstra boa receptividade, com média diária mantendo um total que varia entre 500 e 1000 pedidos, de acordo com o co-fundador da Stamping.io, José Zárate Sousa. O executivo também acredita que a iniciativa da Peru Compras incentiva a adoção do blockchain por outras empresas e entidades, por seu potencial de trazer eficiência aos processos administrativos. De acordo com Zarate, a Stamping.io já está de olho em outros mercados, com a implementação de sistemas similares no Chile, Equador e Colômbia.

 

FONTE: DECRYPT 

Foto de Daniela Risson
Foto de Daniela Risson O autor:

Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.