USA sinalizam para a importância de fiscalizar criptomoedas

Sigal Mandelker, autoridade ligada ao tesouro americano, reforçou o estabelecimento de ações para fiscalizar criptomoedas como fundamentais para a consolidação do mercado crypto. Ela falou em encontro que reúne players dos criptoativos.

É preciso que o mercado esteja atento  ao risco do uso dos ativos digitais no financiamento do terrorismo e no suporte a operações ilegais, estabelecendo ações para fiscalizar as crptomoedas. O alerta esteve presente na fala da subsecretária de Terrorismo e Inteligência Financeira do Departamento do Tesouro dos EUA,  durante o encontro anual promovido pelo Coindesk, em Nova Iorque, para debater o mercado de criptoativos. Sigal Mandelker citou episódios como a notícia recente de que o Hamas, tido como uma organização terrorista, passaria a aceitar doações em Bitcoins.

Para Mandekler,  esse é um dos sinais de que é preciso que os players do sistema financeiro de criptoativos busquem se adequar a que visam combater fraudes, lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. Na visão da subsecretária, os pressupostos legais são formas de evitar que fatores como velocidade de transferência, anonimato e alcance global, que são inovadores e atrativos para os usuários e empresas, virem brechas para criminosos e terroristas. Para ela, as perspectivas de regulação também trazem mais segurança e credibilidade ao segmento, blindado as companhias da área contra a prática de ações ilegais e trazendo mais facilidade à identificação de possíveis atores mal intencionados.

Esforço global para fiscalizar criptomoedas

A subsecretário de Terrorismo e Inteligência Financeira do Departamento do Tesouro americano ainda foi além, afirmando que a exigência de padrões anti-lavagem e de prevenção de fraudes deve ser um norte mundial para os operadores dos ativos financeiros digitais. É um direcionamento que norteia, por exemplo, a atividade da Financial Action Task Force, FATF, entidade internacional focada no estabelecimento de diretrizes regulatórias para evitar o uso de criptoativos no fomento a atividades e operações financeiras ilícitas. Em junho de 2019,  a organização promete divulgar parâmetros regulatórios atualizados.

De acordo com Sigal Mandelker, é fundamental que esse trabalho conte com a adesão das empresas atuantes com criptomoedas, na visão de colaborar para a construção de um mercado consolidado e que incentive o aproveitamento adequado dos benefícios trazidos pelo mercado financeiro digital. Nesse sentido, a subsecretário relembrou os dados do FinCen, indicando que um montante de US $ 1,5 bilhão tenham sido roubados por hackers, nos últimos dois anos, a partir da interceptação de transações em moedas virtuais.

 

FONTE: YAHOO FINANCE

 

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Foto de Daniela Risson O autor:

Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.