Grupo Bitcoin Banco investiga fraude que movimentou cerca de R$50 milhões
A suspeita despertada pela observação de algumas operações levou o Grupo Bitcoin Banco a realizar uma investigação interna, que agora também envolve a Polícia paranaense.
Desde a semana passada, o Grupo Bitcoin Banco (GBB), sediado em Curitiba e dono de grandes exchanges vem apurando uma suposta fraude que movimentou cerca de R$50 milhões. Hoje, o processo, que até o momento se restringia à apuração interna, foi encaminhado à Delegacia de Estelionato de Curitiba para investigação de um suposto esquema de execução de saques duplicados, que se valeu de uma vulnerabilidade da plataforma de transações de compra e venda do GBB. A denúncia feita à polícia cita os cerca de 30 nomes de envolvidos que já foram apurados pelo Grupo.
Um dos fraudadores, sozinho, conseguiu sacar R$2 milhões e, para dimensionar de forma exata as operações e valores desviados, está sendo executado uma varredura técnica a base de dados e movimentações feitas nos últimos três meses nas exchanges do GBB NegocieCoins, TemBTC e BATExchange, que somam mais de 100 mil clientes. O que despertou a suspeita de fraude foi a identificação, pela área de TI, de algumas movimentações de trading executadas por alguns clientes que resultaram num aumento repentino de patrimônio.
O Grupo Bitcoin Banco tem 200 funcionários em Curitiba e São Paulo e garante nunca tinha registrado ataques desse tipo às suas plataformas. Isso tendo em vista, como informa a instituição, as sérias medidas de segurança adotadas, com o suporte de uma equipe de 30 pessoas atuando em pesquisa, desenvolvimento e TI. A instituição também alerta os investidores quanto a ocorrência de novos golpes, como a oferta de criptomoedas com deságio de 50%.
Os procedimentos emergenciais
Como medida protocolar emergencial, para além de acionar a Delegacia de Estelionato da capital paranaense, o Grupo Bitcoin Banco suspendeu os depósitos e saques externos até a próxima quarta-feira, 29 de maio, quando tem expectativa de levantar todos os dados solicitados pela investigação policial. Passado esse prazo, o limite de saque será de de R$10 mil e 1 Bitcoin por dia, por prazo indeterminado.
O GBB também assegura que não haverá qualquer prejuízo financeiro aos clientes. No entanto, o diferencial de agilidade, com pagamento em poucas horas, não poderá ser mantido. Desde a detecção da fraude, por sinal, como forma de evitar novas investidas, foi adotado o procedimento de manual dos pagamentos solicitados, que gerou bastante lentidão, mas permitiu que as operações fossem monitoradas e os fraudadores identificados, como alega o Grupo. Compensações que levavam 24 passaram a demorar até 96 horas e, por isso, inclusive, serão isentados de taxas os cientes que tiverem cancelado operações até domingo, 19 de maio.
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Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.