O que levará uma nação a ser hub do Bitcoin?

Apesar de haver países protagonistas em algumas frentes, a descentralização e a característica internacional tornam difícil apostar em quem vai ser o hub do Bitcoin

Em se tratando dos diferentes mercados e segmentos produtivos, é comum haver uma cidade ou país que ocupe posição de destaque e figure como hub, um termo advindo da aviação e que identifica aeroportos tidos como centros principais de operações. Em se tratando das criptomoedas, tendo em vista o potencial efetivamente internacional, pode ser difícil chegar a um possível hub do Bitcoin, por exemplo.

Além de global, a moeda criada por Satoshi Nakamoto é descentralizada e autogovernada. Por sinal, um de seus grandes conceitos norteadores é a falta de comando por parte de instituições oficiais. Ou seja, sua adoção está à disposição de qualquer pessoa, sem controle governamental, o que dificulta a determinado país ocupar posição de liderança.

Alguns indícios de destaque

No entanto, é possível apontar alguma áreas de maior relevância. A Ásia, e mais especificamente o Japão, e os Estados Unidos, têm uma polarização com relação à adoção da tecnologia blockchain e do Bitcoin. No caso americano, isso não tem muito a ver exatamente com o próprio mercado crypto, estando mais relacionado ao protagonismo tecnológico que impulsiona pesquisas e novos desenvolvimentos de funcionalidades blockchain, por exemplo.

O Japão teve um papel importante na adesão inicial aos Bitcoins, já tendo sido líder em negociações e, apesar de ter “endurecido” alguns dispositivos legais, ainda é visto por analistas especializados como um importante polo de discussão e desenvolvimento das criptomoedas. Já, no caso da Europa, parece haver um pouco mais de resistência, apesar de a agenda de países como Malta e a Suíça representar importantes tentativas de avanço do assunto no continente. Na América Latina, Brasil e Argentina surgem como potências, apesar das barreiras ainda a enfrentar em termos da cultura dos usuários e governos.

Diante de tudo isso, o que parece é que o fator primordial para o estabelecimento de um possível hub geográfico do Bitcoin é a inserção econômica da criptomoeda. Um bom indicativo será o país que potencializar um cenário em que salários sejam pagos em criptomoedas e haja sua ampla aceitação como meio de pagamento, por exemplo. Outro direcionador importante é o incentivo à presença da inovação, com fintechs e startups blockchain trabalhando ativamente no desenvolvimento de um sistema financeiro digital. Qual a sua aposta? Já há alguma nação preparada para ser o centro nervoso do Bitcoin?

 

FONTE: CRYPOTODAILY

Foto de Daniela Risson
Foto de Daniela Risson O autor:

Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.