Surge mais um registro do white paper do Bitcoin
Um certo Wei Liu é quem fez solicitação de autoria do white paper do Bitcoin. É mais um episódio na saga de revelação da identidade de Satoshi Nakamoto
Em meio à controversa atitude do empresário australiano e criador do Bitcoin SV, Craig Wright, que solicitou a autoria do white paper e do código original do Bitcoin, surge outro possível responsável pela criação da critptomoeda. O US Copyright Office recebeu um segundo pedido oficial de registro do white paper do Bitcoin. O catálogo público do órgão oficial americano traz, sob o número TX0008726120, um novo processo de atribuição de autoria em que um certo Wei Liu, alega ter escrito o documento oficial de lançamento do Bitcoin, sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto.
Não se tem informações sobre quem seria Wei Liu, mas a solicitação de registro coloca em cena um novo nome, diante do intenso debate sobre quem seria, efetivamente, o homem por trás do Bitcoin. Craig Wright se declara, publicamente, o responsável pelo surgimento da criptomoeda, mas nunca conseguiu fornecer provas tidas como concretas de sua ligação com o surgimento do Bitcoin. A comunidade vinculada aos ativos financeiros digitais tem vários membros que, inclusive, declararam não acreditar que ele seja Satoshi Nakamoto e chamaram o australiano de fraude, enquanto outros apostam que ele seja o nome por trás do Bitcoin.
Solicitações de autoria são diferentes de reconhecimento
O fato é que, embora ainda devam haver polêmicas em torno desse novo registro de autoria do documento oficial do Bitcoin, o Escritório de Direitos Autorais americano deixa claro que as solicitações não têm o fundamento de reconhecer alguém como o proprietário fundamental da criptomoeda. Se pronunciando especificamente com relação ao pedido de Craig Wright, a entidade reforçou que qualquer pessoa pode solicitar o copyright de um trabalho; um procedimento comum inclusive, no contexto de processos judiciais de discussão de propriedade.
A solicitação de autoria é acompanhada de documentos que o reclamante considera certificadores do pedido, mas não compõem um processo de investigação de veracidade, que não faz parte das atribuições do US Copyright Office. Em casos em que determinado documento ou produto é lançado sob pseudônimo, como o de Satoshi Nakamoto, o órgão também não tem o papel de investigar a ligação ou atribuir veracidade à ligação entre o reclamante e o signatário.
FONTE: COINDESK
O autor: Daniela Risson
Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.