Operações de saque do GBB podem ser acompanhadas em tempo real
A funcionalidade foi lançada como forma de trazer transparência às operações manuais de saque. O GBB trabalha para normalizar as atividades depois da recente denúncia de fraude
A operação manual dos pagamentos de saque foi um dos procedimentos adotados pelo Grupo Bitcoin Banco (GBB), como parte das medidas emergenciais de reação o a um suposto esquema fraudulento de duplicidade de saques que movimentou R$50 milhões e está sob investigação da Delegacia de Estelionato de Curitiba. Como um dos diferenciais da plataforma era a agilidade, que acabou prejudicada no contexto do novo procedimento, e tendo em vista a garantia de transparência, também foi disponibilizado aos usuários o acompanhamento da fila de saque, em tempo real.
A tela temporária, desenvolvida pela equipe de TI – foi implantada nas plataformas NegocieCoins e TemBTC e registra a posição de cada cliente na fila de pagamento, bem como mantém o acompanhamento dos processos finalizados. A funcionalidade, que pode ser conferida nesse link, guarda todo o histórico de pagamentos realizados desde segunda-feira, quando a operação começou a ser realizada. Os clientes não são identificados, mas podem reconhecer sua situação pelo apelido que usam dentro do livro de ofertas das corretoras, associando nomes de carros e números. O vídeo abaixo, do canal Webitcoin, apresenta uma colaboradora do GBB mostrando cada passo do processo manual que vem sendo executado.
Atividade normal em processo
De acordo com dados oficiais do Grupo Bitcoin Banco, desde o começo da semana, mais de mil clientes foram atendidos em suas solicitações de saque. Alguns limitantes externos também tem comprometido uma maior agilidade do processo, como o próprio horário permitido de transações bancárias. Além disso, o principal banco associado ao processo de pagamento é a Caixa, que tem limite diário de 100 novos clientes cadastrados por dia. O Opa Pagamentos, que vem sendo utilizado como alternativa aos bancos tradicionais, também trabalha com o teto mensal de R$ 15 mil mensais por usuário.
De acordo com posição já anteriormente divulgada e agora reforçada pela vice-presidente da CLO Financeira, holding que controla o Grupo Bitcoin Banco, o prejuízo financeiro decorrente do golpe será totalmente assumido pelo grupo. “O prejuízo causado pelo golpe é do grupo e não dos clientes. Estamos trabalhamos diariamente para minimizar os efeitos para os clientes, a quem pedimos confiança e paciência, até que consigamos normalizar as operações”, afirma Heloisa Ceni, em release divulgado pela assessoria de imprensa do GBB.


Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.