O G-20 pronto para o desafio das criptomoedas

O mercado de criptoativos está na pauta do encontro que reúne as maiores economias do mundo em junho. Uma das preocupações do G-20 deve ser o registro das exchanges

A próxima reunião do grupo que reúne representantes das maiores economias mundiais vai colocar o mercado de criptoativos em debate. Um dos focos dos ministros de finanças e chefes de Estado e Banco Central que fazem parte do G-20, no encontro de junho, na cidade japonesa de Fukuoka, serão os desafios representados pelas criptomoedas, à luz de temas como lavagem de dinheiro e proteção do consumidor. Uma certa prevenção ao segmento crypto pelos lideres das mais significativas economias globais é visto com naturalidade, já que os ativos criptografados se caracterizam pela descentralização. No entanto, há cerca de um ano, o G-20 deu um passo positivo, reconhecendo o importante papel das moedas virtuais.

Uma atitude esperada, no processo de amadurecimento do debate em torno dos criptoatovos, por parte do G-20, é o estabelecimento de um protocolo de registro para as exchanges. Afinal, as operações anônimas e transfronteiriças, acabam sendo vistas, por órgãos e entidades oficiais, como um mecanismo aberto à realização de operações financeiras ilegais e completamente à margem das políticas econômicas estatais, pela falta de registro das operações junto aos bancos. O Japão, sede do encontro, por sinal, é um dos que se adiantou com o anúncio, no mês passado, de uma sistemática de registro para as corretoras de criptomoedas.

Outros esforços internacionais

Alguns direcionadores de análise para possíveis padrões regulatórios também estão sendo submetidos ao G-20 pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB), outra entidade internacional que monitora e estabelece recomendações para o sistema financeiro global, tendo o marcos regulatórios como um dos principais focos. No final de abril, o plenário do FSB esteve reunido em Nova Iorque, com a participação do Banco Mundial e do Funo Monetário Internacional (FMI).

No encontro, a pauta foi a discussão em torno de possíveis padrões  mundiais de regulamentação para o segmento. Os temas fundamentais foram as implicações dos ativos criptografados para a estabilidade financeira, as diferentes iniciativas de normatização em curso e suas possíveis lacunas, bem como a criação de um diretório de reguladores de criptoativos. Um trabalho que dará suporte às discussões do G-20 em junho.

COM INFORMAÇÕES DE: EWN

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Foto de Daniela Risson O autor:

Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.