O caso do filme financiado pela stablecoin do BNDES
Cada BNDESToken, equivale a R$ 1 e é utilizado para repasses e pagamentos. Toda a movimentação também fica registrada no blockchain Ethereum, trazendo transparência ao destino e gerenciamento de recursos.
Como forma de imprimir mais transparência aos processos de investimento público realizados via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a instituição tem se dedicado a projetos de uso do blockchain para o acompanhamento de suas operações financeiras. Uma das principais ações, nesse sentido, foi a criação do BNDESToken, uma stablecoin lastrada em real e utilizada para transações financeiras, com registro na rede blockchain Ethereum.
Um dos principais focos anunciados para o projeto são os recursos destinados à Agência Nacional de Cinema (Ancine). Como parte do programa piloto de uso do ativo criptografado, o BNDESToken esteve comportado no processo de financiamento da animação “O menino e o mundo”, dirigida por Alexandre Abreu e que chegou a participar da dispua ao Oscar. O filme, realizado pela produtora de cinema Elo Company, participou do que o BNDES chamou de prova de conceito da stablecoin da entidade.
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O funcionamento do ativo
Como informa, matéria do Estado de São Paulo sobre o assunto, os tokens funcionam efetivamente substituindo operações em dinheiro. Os produtores do filme receberam e mantiveram todo o seu processo de pagamentos realizado com BNDESToken, que tem cada unidade cotada em R$ 1. De posse dos tokens, os fornecedores de serviços à produtora trocavam os ativos por reais, em rede bancária credenciada.
O uso do blockchain, além de manter um registro público de todas as transações financeiras originadas dos recursos oriundos do BNDES, permite o estabelecimento de regras. É possível, por exemplo, definir tetos de gastos para cada rubrica envolvida na produção cinematográfica, garantindo destinação correta e prevenindo possíveis desvios de verbas e fraudes. Além do mais, o sistema, que o órgão público já vem direcionando a outros projetos, com os englobados pelo Fundo Amazônia, da área ambiental, cria um relatório de prestação de contas de tempo real.
COM INFORMAÇÕES DE: O ESTADO DE SÃO PAULO
Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.