Libra estimula criação de força-tarefa do G7

O grupo de economias líderes mundiais que avaliar perspectivas de regulamentação. A força-tarefa do G7 é liderada pela França

Os efeitos colaterais do anúncio da Libra Coin, a moeda virtual do Facebook, vem sendo sentidos em diferentes reações que não se restringem ao mercado financeiro, ou ao universo dos entusiastas das criptomoedas, mas também mobilizam as instâncias reguladoras da economia. O G7 acaba de anunciar que vai criar uma força-tarefa cujo objetivo é avaliar sob que perspectivas os bancos centrais podem regulamentar os ativos digitais como o recém-lançado pelo Facebook.

A iniciativa é liderada pela França que, como aponta matéria trazida pelo Cointelegraph, marcou posição afirmando que não é contra a criação de um instrumento financeiro pela companhia de mídias sociais, mas se opõe a que a Libra assuma uma posição de moeda soberana. A justificativa apontada para o estabelecimento da força-tarefa é a necessidade de criar direcionamento que garanta não haver choque entre o mercado crypto e leis de proteção contra lavagem de dinheiro e operações financeiras ilegais vigentes em algumas das principais economias do mundo.

Como também destaca o Cointelegraph, o presidente do Banco Central da França, François Villeroy de Galhau, teria afirmado: “Queremos combinar a abertura à inovação com a firmeza na regulamentação. Isso é do interesse de todos”.  O comando da frente de análise anunciada pelo G7  está com outro francês, o economista Benoît  Coeuré, que integra o o Conselho Executivo do Banco Central Europeu desde 2011. O G7, por sua vez, é composto pelas setes nações que, juntas, representam metade da economia do mundo. Fazem parte do Grupo dos Sete Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Um pouco da temperatura pelo mundo

O que tem se observado, desde a divulgação do white paper da Libra, são opniões bastante diversas, como também aponta o Cointelegraph. Nos Estados Unidos sinaliza, inclusive,  uma divergência. Enquanto Jerome Powell, o líder do Federal Reserve, sistema que engloba instituições centrais na política econômica dos Estados Unidos, se restringiu a dizer que reconhece os potenciais e riscos do novo projeto, o Comitê de Serviços Financeiros americano foi mais firme. A entidade orientou o Facebook a suspender o desenvolvimento de sua moeda virtual até que o Congresso e os reguladores tenham a oprtunidade de examinar o projeto com mais cuidado.

A matéria do Cointelegraph registra,ainda, que, no Reino Unido, o Bank of England, banco central local, disse, por meio de seu presidente que acabará tendo expectativas muito altas do ponto de vista da segurança e da solidez regulatória”. Quanto a autoridade financeira russa, o posicionamento foi de que a Libra não será legalizada, porque o ativo poderia ameaçar o sistema financeiro local.

COM INFORMAÇÕES DE: COINTELEGRAPH

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Foto de Daniela Risson O autor:

Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.