Atingindo a maturidade: Banco Central do Brasil está melhorando seu trabalho com Blockchain

Banco Central do Brasil está construindo com praticamente cada Blockchain que consegue obter.

Em uma recente entrevista sobre seus planos para tecnologia emergente, membros da equipe de blockchain do banco central revelaram que estão dando continuidade para o trabalho com a plataforma Corda da R3 de banco de dados distribuídos, meses após terem cessado o desenvolvimento porque a tecnologia foi considerada muito imatura.

Depois que a empresa lançou a versão 1.0 da Corda em outubro, o banco central disse que está pronto para ver se a versão a mais nova conseguirá fazer backup de aspectos da infraestrutura financeira do país.

Em resultado disso, o Banco Central do Brasil está agora desenvolvendo provas de conceito (PoCs) em quatro plataformas diferentes, testando no Ethereum, no Quorum do JPMorgan e no Hyperledger Fabric juntamente com o seu trabalho com a Corda.

Os PoCs focam no uso de blockchain tanto para fazer backup do atual sistema de liquidação pelo valor bruto (LBTR), chamado de sistema de pagamentos brasileiro, bem como melhor alinhar a organização com o recente aumento de interesse de bancos centrais em inovar usando a tecnologia blockchain.

Falando sobre o assunto, o chefe adjunto do departamento de TI do banco central, Aristides Andrade Cavalcante Neto, disse:

“Somos um banco central, e apreciamos muito a estabilidade. Mas você tem que pensar sobre mudanças. Você tem que pensar em um modelo de negócio diferente. Então, para nós, falar sobre inovação é a parte mais difícil deste tipo de trabalho.”

Blockchain em tempo real

Apesar da equipe de blockchain no banco central do Brasil ter considerado um número de situações de uso (incluindo permitir o comércio estrangeiro em moedas locais e um sistema de gerenciamento de identidades) desde janeiro, a equipe finalmente escolheu LBTR como seu foco, de acordo com o analista José Deodoro De Oliveira Filho.

Em vez de ser liquidado periodicamente, o LBTR é usado para permitir que bancos liquidem seus débitos de grande valor imediatamente conforme ocorrerem. Por serem transações relativamente infrequentes, elas são identificadas por múltiplos bancos centrais como um exemplo potencial de uso para o blockchain.

O Banco Central do Brasil processa 314,000 transações por dia, movimentando um total de 839 bilhões de reais.

José Deodoro explicou sua decisão em priorizar o uso de LBTR, ressaltando que apesar de o sistema atual do Banco Central ajudar bancos comerciais a gerenciar contas por 15 anos, eles ainda não tem um sistema de backup. E estão interessados em saber se um blockchain seria apropriado para o trabalho.

Segundo José, cada uma das plataformas têm suas próprias “vantagens e problemas”, mas realmente apenas dois obstáculos principais – embora grandes – permanecem.

“Especificamente, o banco central não pode provar que implementar um sistema em blockchain seria mais barato do que executar algo mais tradicional. E no momento, há dúvidas sobre a privacidade de usar um banco de dados compartilhado e distribuído.

Se você quer privacidade, você não pode ter as novas características, e se você quiser as novas características, você não pode ter a privacidade. É exatamente isso que estamos tentando resolver agora”, disse José.

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Lá fora

LBTR não só é o foco principal do trabalho em blockchain do banco central, como também uma troca de informações em blockchain.

A política de conhecimento ao cidadão é baseada em Quorom na nuvem Azure da Microsoft. E também usa o Truffle, uma estrutura popular de desenvolvimento do ethereum, para interagir com contratos inteligentes.

Detalhes sobre o projeto são confidenciais, de acordo com José, mas ele disse que mais informações serão reveladas nos “próximos meses”.

Em outros lugares, o banco central está cada vez mais aberto sobre seu desenvolvimento em blockchain.

Não apenas apresentou seus resultados na conferência de banco centrais organizada pela “Ripple” em Nova Iorque no último mês, como também apresentou seu trabalho a organização “Fundo Monetário Internacional”, e ainda este mês, aparecerá na conferência 2017 de Blockchain em São Paulo.

Como outros bancos centrais de todo o mundo, incluindo Hong Kong, Japão, Canadá e Europa, estão normalmente presentes nesses eventos, Cavalcante Neto encarou esta oportunidade como uma forma de trocar ideias com seus colegas, dizendo:

“É muito útil, este tipo de encontro, para entender as diferentes perspectivas dos diferentes bancos centrais sobre a tecnologia.”

Fonte: Coindesk.com

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André , ariano, engenheiro, empreendedor, trader de criptos profissional, palestrante e professor. Adora números, gráficos e aprender coisas novas.