Precisão Suíça: primeiro banco crypto abre as portas no país
Regulamentação saiu no fim de agosto
A Suíça deu mais um passo para gravar seu nome na história dos ativos digitais: o banco crypto Sygnum, uma das duas instituições que receberam a licença operacional da FINMA, a agência reguladora dos mercados no país, já está de portas abertas em Zurique. De acordo com Mathias Imbach, cofundador do Sygnum, os clientes aproveitaram para entrar.
“Desde que a licença foi concedida, temos recebido um grande número de propostas de pré-adesão”, conta Imbach.
Uma semana depois de ser totalmente regulamentado, o Sygnum aprovou a documentação que faltava para integrar criptomoedas ao seu amplo pacote de serviços. O banco crypto oferece custódia, corretagem, tokenização, gerenciamento de ativos, crédito e serviços bancários entre empresas.
Por ser a primeira autorização desse tipo a ser concedida no mundo, a medida é amplamente vista como um grande passo para que os ativos digitais sejam adotados nos mercados financeiros regulamentados.
Em 18 de setembro, o banco crypto anunciou que começou a integrar clientes e registrou suas primeiras transações em blockchains de Bitcoin e Ethereum.
Segundo Imbach, o Sygnum tem feito grandes progressos na formação de parcerias com entidades financeiras, tanto dentro quanto fora do ecossistema crypto. Essas instituições estão interessadas na custódia digital de grau institucional e no gateway de fiat para crypto, que obedece à regulamentação.
“Estamos conversando com outros bancos para dar suporte na oferta de ativos digitais aos clientes deles, alavancando nossa solução de marca branca”, explica Imbach.
O cofundador do Sygnum acrescenta que o banco crypto também está em contato com a SIX Digital Exchange, plataforma de negociação de tokens ligada à Bolsa de Valores suíça.
“Esperamos ser um dos primeiros bancos conectados à plataforma de ativos digitais, tão logo ela esteja ativa”, diz Imbach.
Em março, a Sygnum havia anunciado seus planos de oferecer um ecossistema de ativos digitais regulamentado, ao fazer parcerias com a Swisscom, a maior empresa de telecomunicações da Suíça, e o mercado de comércio eletrônico Deutsche Börse.
Como funciona o ecossistema do banco crypto
Mathias Imbach diz que o ecossistema tem como alvo dois tipos de clientes. A nova base de clientes do banco crypto pode ser dividida, geralmente, entre investidores digitais que desejam aplicar em novos ativos ou comprometer os ativos existentes sob custódia, e profissionais da área de gerenciamento de ativos.
O outro grupo é composto de corretores e family offices, em busca de um gateway seguro para entrar no mercado ou um banco que saiba lidar com essa classe de ativos.
Os ativos do cliente são mantidos em carteiras seguras individuais, com o Sygnum gerenciando as chaves privadas – uma experiência que imita o e-banking.
* Imagem de annca por Pixabay
Fonte: Decrypt
Jornalista, revisora e roteirista, apaixonada por tecnologia e especializada em conteúdo.