Blockchain não é exclusividade das criptomoedas: veja usos mais comuns
Saiba quais são os três tipos de negócios que mais tiram proveito dessa tecnologia
Blockchain deixou de ser exclusividade das criptomoedas. O hype e o burburinho em torno da tecnologia diminuíram e deram lugar a usos no dia a dia, bem como à adoção mais ampla da contabilidade distribuída. Atualmente, as empresas não duvidam que a blockchain mereça atenção. Tendo conhecimento da tecnologia disruptiva, empresas e negócios em vários setores começaram a implementar blockchain em sua infraestrutura. Os especialistas em tecnologia analisam o DLT para encontrar novas formas de aplicação de blockchain. Assim, estão surgindo as startups baseadas nessa rede.
Embora o mercado de blockchain valha apenas US$ 1,2 bilhão em 2018, estima-se que chegue a US$ 20 bilhões até 2024. Segundo essas previsões, a tecnologia DLT estará se multiplicando nos próximos anos.
O potencial da blockchain é enorme. A tecnologia DLT tem usos em vários setores, como jogos criptográficos, educação e saúde, por conta da natureza descentralizada, alta escalabilidade e resistência a fraudes. Conheça três tipos de negócios que já implementaram a tecnologia e foram bem-sucedidos.
1. Bancário e Fintech
Ironicamente, mesmo sendo os mais contrários à blockchain, bancos e empresas de tecnologia de ponta agora se voltam para essa área, apresentando a taxa mais rápida de adoção da rede. Entre as principais instituições bancárias compatíveis com blockchain estão Goldman Sachs, R3, Barclays, HSBC e JPMorgan, por exemplo. A lista de bancos e instituições financeiras que usam a tecnologia está em constante crescimento e, atualmente, inclui mais de 200 organizações. Os gastos com a implementação de blockchain aumentaram na mesma escala e atingiram US$ 1,7 bilhão em 2018.
Melhorias que os usos de blockchain trazem para o setor bancário:
– Contratos inteligentes (contratos de execução automática) podem automatizar o processo de empréstimo, reduzir significativamente o tempo gasto no monitoramento e eliminar a burocracia. Todas as informações do cliente serão armazenadas em blockchain.
– O DLT torna o financiamento comercial mais eficiente e inclusivo, pois permite que os bancos compartilhem informações com facilidade e mantenham a confidencialidade ao mesmo tempo.
– Compensação e liquidação: atualmente, tarefas como gerenciamento da documentação de empréstimo, conciliação bancária e estimativa de custos de segurança, entre outras, são executadas manualmente. Um banco de dados distribuído simplifica esses processos.
– Cadeia de suprimentos de caixa: o fluxo de dinheiro dos estabelecimentos para os bancos e do Banco Central para as agências pode ser rastreado e gerenciado de maneira mais fácil.
– KYC e AML: os processos de verificação digital desenvolvidos pela DLT permitem que os bancos coloquem os dados do cliente em ordem. Uma instituição poderá acessar o cadastro do cliente de outra empresa.
- Veja também: Mixicles é promessa da Chainlink para permitir que empresas adotem blockchains públicos
Todas as melhorias listadas reduzirão drasticamente os custos de processamento e têm o potencial de fazer com que os bancos economizem milhões de dólares.
2. Varejo
A rede Walmart e a plataforma de e-commerce Alibaba foram pioneiras nos usos de blockchain no setor varejista, pois descobriram as vantagens de usar essa tecnologia para rastrear a movimentação dos produtos na cadeia de suprimentos. Trata-se de uma única solução para três questões: segurança, transparência e autenticidade.
Registrar o caminho do produto, de fazendas até as lojas, elimina o risco de falsificação. Sem o DLT, é difícil rastrear a origem das mercadorias na cadeia de suprimentos de um grande varejista. O banco de dados distribuído também permite identificar e remover, com rapidez, artigos que precisem ser retirados do mercado. A visão clara das origens do produto e a maneira transparente de fornecer essas informações beneficiam os varejistas que decidiram implementar blockchain.
A plataforma blockchain Food Trust, da IBM, é um dos maiores projetos focados em segurança de alimentos. Os maiores varejistas de alimentos do mundo, incluindo Nestlé, Albertsons Companies e Carrefour, juntaram-se à rede da IBM para reforçar a confiança dos clientes por meio da transparência.
Benefícios que os usos de blockchain trazem ao setor varejista:
– Monitoramento de transações ao longo da cadeia de suprimentos.
– Redução de custos, atrasos e erros humanos.
– Rastreamento da origem dos produtos.
3. Internet das Coisas
Em 2019, o mercado global de Internet das Coisas foi avaliado em US$ 212 bilhões, mas é provável que cresça em ritmo acelerado nos próximos anos, conforme aumentar a procura por produtos que usem essa tecnologia.
A maior demanda – 21,1% – vem dos setores bancário e financeiro, porque a Internet das Coisas melhora e amplia as operações desse tipo de instituição.
O grande problema da Internet das Coisas é lidar com toneladas de informações, vulneráveis a ataques de hackers por causa da falta de proteção. A segunda questão é que o gerenciamento de dados deve ser otimizado. Usar blockchain resolve esses dois pontos e aprimora a funcionalidade dessa tecnologia.
* Imagem de Pete Linforth por Pixabay
Fonte: MyStory
Jornalista, revisora e roteirista, apaixonada por tecnologia e especializada em conteúdo.