Bitcoin e a eleição: o que pensam os candidatos americanos?
2020 pode ser a eleição do Bitcoin. Saiba o que eles pensam sobre blockchain e criptomoedas
Se 2012 foi a eleição no Facebook e 2016 foi dominado pelo Twitter, 2020 poderia ser o ano do presidente do Bitcoin. A votação em blockchain ainda pode estar muito distante, mas os candidatos à presidência dos Estados Unidos (EUA) em 2020 começam a levar o Bitcoin e outras criptomoedas a sério.
Não é surpreendente, dado que 43% da geração Z e da geração do milênio pensam que a cripto poderia substituir o atual sistema financeiro dos EUA. Qualquer que seja o lado em que estejam, os candidatos à presidência estão sendo questionados sobre Bitcoin, criptomoedas e blockchain – e espera-se que cada vez mais eles tenham uma opinião.
Então, o que pensam os candidatos presidenciais de 2020 sobre Bitcoin, criptomoeda e a tecnologia que o sustenta?
Donald Trump
O atual presidente dos EUA, Donald Trump, não mede suas palavras quando se trata de Bitcoin. Em julho de 2019, ele acessou sua plataforma favorita, o Twitter, para expressar sua opinião sobre a criptomoeda:
Eu não sou fã de Bitcoin e outras criptomoedas, que não são dinheiro”, afirmou, descrevendo seu valor como “altamente volátil e baseado no nada”.
Chamando o dólar dos EUA de “moeda real nos EUA”, disse que ativos criptos não regulamentados alimentam comportamentos ilegais, “incluindo comércio de drogas e outras atividades ilegais”.
Bernie Sanders
É difícil identificar onde o senador Bernie Sanders se posiciona sobre criptomoeda. Em seu projeto para “Serviços bancários justos para todos”, mostra um grande interesse em expandir o acesso a serviços financeiros para os americanos que não possuem conta bancária. Mas, em vez de oferecer contas criptográficas, quer que as agências dos correios dos EUA preencham esta lacuna.
Ele também quer:
Aumentar a definição da FCC de velocidades mínimas de banda larga para velocidades de download de 100mbps e velocidades de upload de 10mbps” e, ao mesmo tempo, investir US $ 150 bilhões em “infraestrutura de banda larga resiliente, acessível e de propriedade pública”.
Isso pode resultar em um ambiente propicio para a criptomoeda.
Elizabeth Warren
A senadora Elizabeth Warren adotou uma visão medida da criptomoeda. Em uma audiência no Senado, em 2018, sobre o tema, ela descreveu as criptomoedas como “fáceis de roubar” e destacou um estudo que relatou que 80% das ICOs em 2017 eram fraudes.
No entanto, admitiu que, embora possam capacitar golpistas e criminosos,
as moedas digitais são uma inovação interessante que, pelo menos teoricamente, poderia proporcionar benefícios aos consumidores”.
Joe Biden
O ex-vice-presidente e agora candidato à presidência falou pouco sobre Bitcoin e criptomoedas. Mas um comitê de ação política o faz em seu nome. Em 2016, quando Biden anunciou sua intenção de concorrer ao cargo, o grupo, chamado Draft Biden 2016, aceitou contribuições em criptografia.
Embora Biden não tenha comentado sobre o super PAC, Joseph Schweitzer, diretor do grupo, disse:
Isso está de acordo com o forte apoio do vice-presidente Biden à tecnologia e inovação ao longo de sua carreira”.
Mike Bloomberg
Desde que o favorito da tecnologia e grande defensor do Bitcoin, Andrew Yang desistiu da campanha, o bilionário Mike Bloomberg começou a cortejar a multidão de criptomoedas, ou pelo menos os céticos de criptografia.
As criptomoedas se tornaram uma classe de ativos no valor de centenas de bilhões de dólares, mas a supervisão regulatória permanece fragmentada e não desenvolvida”, escreveu a Bloomberg em uma nova proposta.
“Apesar de toda a promessa do blockchain, Bitcoin e ofertas iniciais de moedas, também há muito hype, fraude e atividade criminosa”. Como tal, a Bloomberg está pedindo uma “estrutura reguladora clara” para criptografia.
Amy Klobuchar
A senadora por Minnesota participou de várias audiências no Congresso sobre criptomoeda. Mas ela não adotou uma posição pública forte sobre o assunto.
Até o momento, a única contribuição de Klobuchar ao debate sobre criptografia é uma pergunta que ela fez durante a audiência do congresso de novembro de 2017 sobre lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
Amy Klobuchar perguntou se as criptomoedas tornariam mais fácil ou mais difícil para a aplicação da lei rastrear criminosos.
Tulsi Gabbard
Representante do 2º distrito congressional do Havaí, é uma candidata à presidência que está definitivamente ciente da criptomoeda. Ela comprou mais de US $ 1.000 em Ethereum e Litecoin em dezembro de 2017, com o valor de cada ativo listado entre US $ 1.001 e US $ 15.000.
Desde que declarou suas compras de criptografia, Gabbard defendeu a tecnologia blockchain, como copatrocinadora da Lei de Taxonomia de Token do congressista Warren Davidson (R-Ohio), que visa isentar alguns tokens e ativos digitais das leis federais de valores mobiliários:
No Havaí e em toda a América, os líderes locais e estaduais estão analisando o potencial da tecnologia blockchain para criar e expandir oportunidades econômicas”.
Bill Weld
Há quatro anos concorreu ao cargo de vice-presidente do Partido Libertário de Gary Johnson. Agora está disputando como candidato republicano, junto com o presidente Trump. Ou, pelo menos, tentando concorrer, porque não cumpriu os prazos de entrega em vários outros estados.
Como Weld está realizando uma campanha (extremamente) árdua, suas posições políticas são menos claras do que as de outros candidatos.
John McAfee
Tendo aposentado os projetos duvidosos de criptomoedas para se comprometer seriamente com sua corrida presidencial, o posicionamento de John McAfee como um candidato pró-cripto pioneiro está em dúvida.
As pessoas perguntam por que não estou mais fazendo promoções da Blockchain. Consome muito tempo.”
No entanto, ele ainda quer tornar as criptomoedas o “principal foco da campanha de 2020”.
Fonte: Decrypt
O autor: Elen Genuncio
Jornalista com especialização em História do Brasil pela UFF, trabalhou em diversos veículos de comunicação como O Globo, Jornal do Commercio, revista PC Mundo e Rádio Tupi.