Xiaomi promove mudanças para competir com os gigantes da tecnologia

Para tanto, a gigante chinesa de smartphones e eletrônicos tem adotado constantemente uma variedade de projetos de blockchain

Xiaomi criou recentemente uma joint venture de US $ 9,5 milhões

A gigante chinesa de smartphones e eletrônicos Xiaomi está levando seus planos de blockchain muito a sério. Criou recentemente uma joint venture de US $ 9,5 milhões. A ideia é se concentrar em novas áreas de negócios que envolvem blockchain, inteligência artificial e big data.

A empresa, com sede em Hong Kong, está de olho no blockchain desde 2017. Seu último passo – uma joint venture com as empresas locais Chongqing Port Industrial Finance Big Data Industry Development Co. Ltd. – ilustra bem a ambição da Xiaomi de competir na intensa corrida de blockchain com outros dois gigantes da tecnologia chineses: Alibaba e Tencent.

Joint venture

O escopo de negócios da nova entidade, estabelecida em Chongqing, município do sudoeste da China, inclui software e serviços relacionados a blockchain, bem como plataforma de dados baseada em IA e serviços de processamento e armazenamento de dados, de acordo com informações comerciais chinesas da Tianyancha, disponível apenas na China.

A Xiaomi detém uma participação de 49% na joint venture, denominada Chongqing Port Industrial Finance Big Data Industry Development Co., Ltd., que possui um capital social de 66 milhões de CNY (9,5 milhões de dólares).

O saldo é de propriedade de três empresas locais – Chongqing International Logistics Hub Park Construction Co., Chongqing Hanhua Fuhui Technology Co. e Chongqing Weixi Smart IoT Co. Ltd.

Cao Ziwei, vice-presidente de estratégia da Xiaomi Finance, é o CEO da nova companhia.

A Xiaomi já sugeriu onde pode aplicar soluções baseadas em blockchain. Em novembro de 2019, o chefe da Xiaomi fintech, Jiang Yongchiang, disse em um evento em Pequim que o blockchain é uma solução viável para resolver os problemas do financiamento da cadeia de suprimentos, como rastreamento de pagamentos e pedidos.

Enquanto isso, em 2018, a Xiaomi se envolveu em outros aplicativos de blockchain com o aplicativo móvel Xiaomi WiFi Chain, que permite aos usuários ganhar recompensas virtuais enquanto conectado a uma rede sem fio, e o CryptoKitties derruba o Jiami Tu.

Banco virtual

Ao mesmo tempo, conforme publicação do Cryptonews, o titã do comércio eletrônico Alibaba e sua afiliada da fintech Ant Financial já fizeram progressos no desenvolvimento de soluções de remessas e pagamentos baseados em blockchain.

Por outro lado, a operadora WeChat, a Tencent, introduziu um sistema de faturamento baseado em blockchain, que já está sendo usado na China. A Tencent também está trabalhando no lançamento de um banco virtual habilitado para blockchain, enquanto a Xiaomi também tem seus próprios planos em banco digital.

Além do blockchain, a Xiaomi vem intensificando seus esforços no setor de financiamento ao consumidor. Em janeiro, a Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China aprovou a solicitação da Xiaomi de criar uma empresa de financiamento ao consumidor em Chongqing.

Fonte: Cryptonews

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Foto de Elen Genuncio O autor:

Jornalista com especialização em História do Brasil pela UFF, trabalhou em diversos veículos de comunicação como O Globo, Jornal do Commercio, revista PC Mundo e Rádio Tupi.