Trump suspende voos da Europa para os Estados Unidos por 30 dias, visando conter o novo coronavírus
Todas as viagens da Europa estão proibidas a partir da meia-noite desta sexta-feira. A medida foi tomada após o anúncio de pandemia do Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a proibição de todas as viagens da Europa nesta quarta-feira. A medida entrará em vigor a partir da meia-noite desta sexta-feira (13/3) e permanecerá por 30 dias.
Trump disse que essas regras não serão aplicadas para aviões de carga. Também não será para voos provenientes do Reino Unido. Também serão abertas exceções para norte-americanos e residentes nos Estados Unidos que testem negativo para a Covid-19. Com isso, terão autorização para retornar ao país.
Em seu pronunciamento no salão oval da Casa Branca,Trump afirmou:
Após consultar nossos principais oficiais de saúde do governo, decidi tomar várias ações fortes, mas necessárias, para proteger a saúde de todos os americanos. Para impedir que novos casos entrem em nossas costas, suspenderemos todas as viagens da Europa para nossas costas por 30 dias.”
Precipitação econômica do coronavírus
Os futuros do mercado de ações e o preço do bitcoin caíram com as notícias. O portal CryptoPotato publicou que o anúncio feito por Trump afetará diretamente os mercados financeiros e a economia de duas maneiras. Por um lado, atrapalha muitos negócios, comércio e viagens entre os Estados Unidos e a Europa.
De acordo com CryptoPotato, a perda econômica dessa medida infeliz para impedir a disseminação de novos coronavírus está por ser vir. Sem dúvida, terá impacto marcante nos resultados de muitas empresas. As companhias aéreas, em particular, sentirão um efeito imediato.
Queda de futuros do mercado
Em segundo lugar, a medida draconiana para impedir a propagação do coronavírus já assustou os mercados com a gravidade da ameaça representada pelo COVID-19. Os futuros da Dow Jones caíram em ações voláteis de preços após o anúncio, assim como os futuros do S&P 500 Index mais amplo e da NASDAQ Composite, com tecnologia pesada.
Quando o Sistema de Reserva Federal americana anunciou um corte de taxa de emergência em 3 de março, o mercado de ações caiu por assustar os investidores. Ele se recuperou um pouco no dia seguinte, aquecendo até a redução de meio por cento na taxa-alvo dos fundos federais e depois caiu vertiginosamente novamente no dia seguinte. Na quarta-feira, as ações haviam entrado oficialmente em um mercado em baixa. Foi a descida mais rápida do mercado de baixa em um pico da história.
O preço do Bitcoin também caiu
Assim como o preço do Bitcoin parecia pronto para testar a resistência em US $ 8.000, a moeda digital caiu imediatamente para a alça de US $ 7.600 após o anúncio de Trump. Parece que, quanto mais incerto o futuro estiver, mais dinheiro líquido todos querem gastar em caso de emergência. Até agora, o Bitcoin não está atuando como um ativo de refúgio nesta crise de coronavírus.
Pandemia
A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o estado da contaminação do Covid-19 para pandemia. A decisão foi anunciada, nesta quarta-feira (11/3), pelo diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, em Genebra. A doença, que surgiu no final do dezembro, na China, está presente agora em 114 países.
Até esta quarta-feira, já havia sido registrado mais de 118 mil casos e 4.291 mortes. Ghebreyesus contou que “milhares de pessoas estão lutando pela vida em hospitais”. Segundo ele:
Nos próximos dias e semanas, espera-se que o número de casos, de mortes e de países afetados suba ainda mais.”
O diretor-geral afirmou que a OMS está acompanhando o vírus 24 horas por dia e está “profundamente preocupada com os níveis alarmantes de contágio e de falta de ação.”
Tedros explicou que a palavra pandemia “não é usada de forma fácil ou sem cuidados”. Ressaltou que “se for usado erroneamente pode causar medo e desistência de lutar contra o vírus, levando a sofrimentos e mortes desnecessárias.”
Fonte: CryptoPotato
O autor: Elen Genuncio
Jornalista com especialização em História do Brasil pela UFF, trabalhou em diversos veículos de comunicação como O Globo, Jornal do Commercio, revista PC Mundo e Rádio Tupi.