Exchanges japonesas reforçam regulamentação após hack em CoinCheck
As exchanges japonesas de criptomoedas estão fortificando seus procedimentos de auto-regulamentação após o hack em uma das maiores exchanges do país, a Coincheck. A agência de serviços financeiros do Japão ainda não aprovou a CoinCheck como uma exchange cripto registrada.
Reforçando a auto-regulamentação
A associação de blockchain do Japão (JBA) havia estabelecido padrões de autoregulamentação na qual exchanges participantes adotam voluntariamente. Os padrões incluem “a manutenção da cold wallet, e etc., mediante autorização dos respectivos membros;” o anúncio foi feito no sábado após a Coincheck, membra da associação, sofrer um hack de aproximadamente 58 bilhões de ienes em sua plataforma.
No momento, a associação possui 127 membros, 15 deles são pertencentes à exchanges cripto e 35 são membros do blockchain. Dentre as exchanges participantes estão a Bitflyer, a Coincheck, a GMO Coin, e a Bitocean. O diretor executivo da Bitflyer, Yuzo Kano, é o diretor representante da associação. De acordo com o anúncio da JBA:
“O roubo ocorreu em virtude do atraso na manutenção da cold wallet. É muito lamentável.”
A associação ressaltou que a agência de serviços financeiros do Japão (FSA) alertou os representantes de cada exchange em relação à sua segurança. “Estamos buscando novas medidas”, enfatizou a JBA, salientando que seus membros foram orientados a “verificar suas medidas de segurança com base na possibilidade de um ataque cibernético.” A associação observou:
“No futuro, a fim de garantir adequadamente a segurança de negociadores cripto… estabeleceremos regulamentações voluntárias mais rígidas e visaremos a adequação de nossos membros.”
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Preocupações da FSA com a CoinCheck
De acordo com o noticiário Japan Times, a FSA tinha exortado a Coincheck, antes do roubo de 58 bilhões de ienes em NEM na sexta-feira, a “tratar de questões de seguranças preocupantes sobre a forma como a empresa administra ativos de clientes.” A publicação citou fontes seguras e afirmou:
“Como parte dos questionários publicados no fim de agosto, a FSA questionou exchanges solicitantes sobre a forma como seus recursos foram distribuídos nos dois tipos de contas [cold e hot wallets]… Após a Coincheck dar entrada no processo de registro em setembro, a FSA destacou o risco de acessos não autorizados acontecerem em seu sistema e a exortou a fortificar seu sistema de segurança.”
Além disso, o noticiário ressaltou que a autoridade financeira costuma levar dois meses para aprovar um requerimento de uma exchange cripto, indicando que o requerimento da Coincheck já estava em análise por quatro meses desde setembro.
De acordo com o Reuters, a FSA solicitou que a Coincheck apresente “um relatório do incidente e medidas para impedir um novo ataque” até o dia 13 de fevereiro. Aliás, o noticiário afirmou que a agência pode “conduzir inspeções no local de outras exchanges”. Por fim, o departamento de polícia metropolitano de Tóquio dará início a uma investigação sobre o hack.
Você acha que o incidente na Coincheck poderia ser prevenido? Diga nos comentários!
Fonte: Bitcoin.com
André , ariano, engenheiro, empreendedor, trader de criptos profissional, palestrante e professor. Adora números, gráficos e aprender coisas novas.