Equipamentos de combate ao COVID-19, testes e curas não comprovadas são vendidos por criptomoedas na Darknet.

A COVID-19, em rápida expansão, assustou muitas pessoas, e elas correram para comprar equipamentos de proteção, como máscaras de respiração N95. Naturalmente, o aumento da demanda e a oferta limitada elevaram o preço dos itens desejados a máximos incríveis.

Os sites de comércio eletrônico da Darknet também estão tentando explorar a situação, de acordo com um relatório recente. Eles não apenas exibem suprimentos significativos, mas os preços listados são bastante atraentes – as máscaras N95 a granel são vendias por aproximadamente US $ 1,75. Apenas para referência, os compradores podem encontrar essas máscaras em mercados legítimos, como Amazon ou eBay, por US $ 10 por peça.

A lista de itens de produtos relacionados ao coronavírus não termina aqui. As plataformas Darknet oferecem  “teste de COVID-19” por US $ 92 cada – outro produto essencial no momento.

O que é ainda mais perturbador é que os sites oferecem “curas” ao coronavírus. Embora nenhuma terapêutica e vacinas atualmente em desenvolvimento tenham se mostrado eficazes contra o vírus, algumas plataformas vendem a cloroquina aprovada pelo presidente Trump e endossada por Bolsonaro . É um tratamento para a malária, e seu preço na Darknet, no entanto, pode chegar a US $ 500 por 150 comprimidos.

O relatório também descreveu algumas das estratégias de marketing implementadas pelos vendedores. Isso inclui “descontos para Coronavírus” e “ofertas especiais do fim do mundo COVID-19”. Uma lista particularmente convincente, “Corona LockDown Survival Pack” contém cannabis e papel higiênico.

Como de costume, os métodos de pagamento preferidos para qualquer operação na Darknet são as criptomoedas:

“Eles são populares entre os criminosos, já que compradores e vendedores são praticamente inexistentes e o pagamento é feito anonimamente em criptomoedas como o Bitcoin”.

Golpes de COVID-19

Embora os produtos mencionados acima pareçam suspeitos, para dizer o mínimo, houve vários golpes comprovados relacionados a vírus.

Envolveu envio de malware representando a Organização Mundial de Saúde e instituições de caridade ligadas a ela. Os autores enviaram dos e-mails de phishing e lançaram máscaras ou guias caros e garantidos à prova de Corona sobre como proteger sua família em segurança durante a pandemia. Em troca, eles solicitaram pagamentos via Bitcoin.

Os golpistas até criaram um aplicativo para rastrear dados de coronavírus em tempo real nas ruas, cidades, estados e países da vítima.

Um cientista que trabalha no assunto alertou que essas são realmente atividades fraudulentas, e as pessoas devem evitar enviar pagamentos a entidades não confirmadas.

• Veja também: Banco Central da Coreia do Sul acelera piloto de moeda digital para acompanhar outras nações

Fonte: CryptoPotato

O autor: Bruno Lugarini

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.