Baixa mortalidade? COVID-19 já mata mais que o câncer em São Paulo
COVID-19 apresenta taxa de mortalidade mais elevada em países com serviços de saúde sobrecarregados
Apontada nos primeiros meses do ano como uma doença pouco letal, a COVID-19 vai cada vez mais mostrando seu poder de letalidade. A doença em si não é das mais violentas já vistas, mas sua velocidade de contaminação é elevada, assim como seu tempo de intubação. Isso faz com que um grande número de pessoas fique doente ao mesmo tempo, sobrecarregando os serviços de saúde.
Esse inclusive foi o triste cenário visto na Itália durante o mês de março. Atualmente o país acumula mais de 20.000 vítimas fatais da doença, com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 9%. Em 18 de março a Itália chegou a registrar uma morte a cada 3 minutos. Em sua maioria idosos, o número de casos fatais na Itália poderiam ser muito inferior caso existissem leitos e respiradores suficientes.
No Brasil a situação está mais controlada, mas ainda preocupa. Segundo informações do G1, a COVID-19 já mata mais que diabetes e câncer em São Paulo. As mortes somam, em média, 30 ocorrências por dia no Estado, um número alarmante. Para se ter uma ideia de quão representativo isso é, a COVID-19 já é a quinta maior causa de mortes em São Paulo, atrás apenas de doenças isquêmicas (como infarto), doenças cerebrovasculares, aneurisma e pneumonia.
Todas as outras doenças matam menos que a COVID-19. O número de vítimas fatais diários por acidentes e homicídios também é inferior ao registrado pelo novo coronavírus nos últimos 36 dias. Também vale ressaltar que as autoridades sanitárias já indicaram que os casos fatais da COVID-19 podem estar sendo subnotificados, ou seja, o números de mortes causado pela doença pode ser ainda maior.
Estados se preparam para reabertura
O novo ministro da saúde, Nelson Teich, já deixou claro que é a favor da reabertura econômica gradual das cidades e estados atualmente em quarentena. Ele disse inclusive que está preparando para a próxima semana um ‘programa de saída’ para essas localidades.
Em Blumenau o comércio já teve suas atividades parcialmente reiniciadas, incluindo os Shoppings da cidade. A reabertura gerou aglomerações que chamaram a atenção das pessoas nas redes sociais. Tendo em vista a repercussão negativa, o grupo que administra o Shopping que gerou maior engajamento nas redes publicou uma nota oficial se justificando:
“Reabrimos nossos shoppings aplaudindo as pessoas no horário da abertura. Foi uma forma carinhosa de demonstrar o respeito que temos pelos nossos clientes. Estamos atendendo todas as determinações estabelecidas e inclusive aplicamos em todos os ambientes de eventual contato pelos consumidores produto que importamos dos EUA utilizado nos maiores centros do mundo que elimina até 99,99% dos micro-organismos. O movimento durante este primeiro dia de abertura esteve 100% dentro dos padrões estabelecidos”.
Outros prefeitos e governadores pelo Brasil já demonstraram interesse na reabertura econômica. Mais notícias a esse respeito devem surgir na próxima semana com o anúncio oficial do ministro da saúde.