Vacina da Pfizer e BioNTech contra o coronavírus mostra bons resultados

A vacina experimental da Pfizer produzida em parceria com a BioNTech para combater o coronavírus estimulou resultados promissores em pacientes saudáveis.

A empresa de biotecnologia alemã BioNTech e a gigante farmacêutica dos EUA Pfizer anunciaram que sua vacina contra a COVID-19 mostrou resultados positivos e foi bem tolerada em testes em humanos em estágio inicial com efeitos colaterais temporários, relata a Reuters.

De acordo com os dados divulgados, 24 voluntários saudáveis que receberam duas dosagens de seu medicamento BNT162b1 desenvolveram níveis mais altos de anticorpos contra a COVID-19 do que os normalmente vistos em pessoas infectadas após 28 dias.

Apesar de ter causado efeitos colaterais em voluntários que receberam doses mais altas, demonstrou bons resultados no estímulo da resposta imune em pessoas saudáveis. Se tudo der certo após mais uma etapa de avaliações, a companhia espera produzir 100 milhões de doses até o fim de 2020 e mais 1,2 bilhão até o fim de 2021.

O estudo foi realizado com 45 pessoas, nas quais foram aplicadas três doses da medicação ou de placebo. Nesse grupo, 12 foram contemplados com 10 microgramas, 12 com 30 microgramas e 12 com 100 microgramas. Metade dos participantes teve febre, por isso não recebeu uma segunda dose. Já os demais manifestaram a condição 3 semanas após a segunda aplicação (8,3% com dosagem de 10 microgramas e 75% com a de 30 microgramas).

Não é certo se níveis mais altos de anticorpos levarão à imunidade ao vírus, mas os resultados parecem promissores. Embora ainda não tenha sido aprovada uma vacina contra a COVID-19 para uso comercial, a droga da BioNTech e da Pfizer é uma das 17 vacinas em potencial que estão sendo testadas em seres humanos no momento.

O co-fundador e CEO da BioNTech, Ugur Sahin, declarou:

“Esses primeiros resultados de testes mostram que a vacina produz atividade imune e causa uma forte resposta imune”, acrescentando que serão realizados testes maiores para verificar se esse desenvolvimento pode ser traduzido como proteção contra uma infecção real.

Philip Dormitzer, diretor científico de vacinas virais dos laboratórios de pesquisa da Pfizer, acrescentou:

“Ainda temos um caminho a percorrer e estamos testando outros candidatos também. No entanto, o que podemos dizer neste momento é que existe um algo viável com base em dados de segurança de imunogenicidade e tolerabilidade precoce “.

Os dados sobre a vacina foram divulgados quarta-feira em um artigo divulgado no MedRXiv; no entanto, ainda está para ser revisado por pares.

Fonte: interestingengineering

 

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Foto de Bruno Lugarini O autor:

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